RESULTADO PROVIDENCIAL, by Roberto Costa
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Foto: Jamira Furlani |
Ouso dizer, com um travo na língua: achei providencial o resultado. Tivéssemos vencido com aquele mísero golzinho a alegria dos três pontos desviaria nossa atenção dos problemas que nos desclassificaram de duas decisões onde contávamos com vantagem e que seguem sabotando nossa tentativa de bom futebol e de acesso. Temos uma defesa péssima e Ricardinho, um baita cagão, mas que é bem falante. Ele teria dado entrevistas de qualidade.
Marquinhos, sobre quem empenhamos grande parte de nossas esperanças, não corre como corria no Olímpico, some na metade do segundo tempo, mas não é substituído pelo nome que tem. Marquinhos deve ser cobrado e também substituído, para o bem do time, quando arriado em campo, para não ser um a menos. Diego Jardel poderia ter entrado, segura bem a bola e tem um passe perfeito.
Os primeiros quinze minutos de jogo revelavam um time visitante mostrando superioridade, mais qualidade no passe, fazendo crer que venceria bem o jogo, mas nosso treinador mostrou que não tem mesmo a ambição dos vencedores, bastou sair na frente no placar para entregar o campo inteiramente ao adversário. Meu Deus, a única forma de vencer é passando a bola por dentro do gol adversário, que fica, meu caro Ricardinho, lá no extremo oposto do campo, em relação ao teu gol. Portanto, é lá que teu time tem de jogar.
Não perdemos os dois pontos valiosos por azar, nem por vilania do árbitro deixando de encerrar o jogo trinta segundos antes. Perdemos os dois pontos porque nosso treinador assumiu o risco de perdê-los, porque enterrou nosso meio campo dentro da área, junto com os zagueiros. Foram 13 escanteios do adversário, contra um apenas nosso, nada pode ser mais revelador sobre quem dispôs-se a vencer. De quebra, nosso goleiro foi considerado melhor jogador em campo. E não jogamos contra o Barcelona, apenas contra o Oeste.
Se tem uma coisa que me irrita é quando um adversário jogando contra nós abusa de fazer cera. Mas se algo me irrita mais ainda é ver que, entra ano, sai ano, entra treinador, sai treinador, e nas horas em que a cera é importante para esfriar e desconcentrar o adversário o Avaí nunca se utiliza desse expediente. Depois dos quarenta minutos não se joga mais futebol, goleiro tem de cair na área, zagueiro tem de puxar assunto com o árbitro, a bola tem de ser isolada. Ontem, como sempre, cometemos a ingenuidade de disputar o jogo nos acréscimos.
Confesso que dormi preocupado. Acho que há muito que pensar e repensar sobre o futebol triste, sem vida, do Ricardinho.
* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube
Há um ano, quando Cléber Santana reinava absoluto por aqui, todos diziam:
- Ah, um meia para ajudar esse cara, quem sabe o Marquinhos.
Por várias temporadas o Galego jogou sozinho por aqui e neste ano ano se dizia:
- Ah, um meia para ajudar o Marquinhos, quem sabe o Cléber Santana.
Agora os dois jogam juntos e já percebe a vontade de se desfazer de um ídolo, em benefício do pragmatismo. E parece que a síndrome de Candinha está se infiltrando na torcida. Que pena!
Quase perfeito! Faltou apenas falar que os dois laterais me fizeram ter saudades do Arlan e até do Julinho!
Fora Ricardinho já! O homem é muito fraco, mas muito fraco mesmo!
O marquinhos esta "andando" em campo !!! o treinador não sabe modificar a equipe !!
Faltam ALAS de qualidade neste time, com eles poderíamos colocar Ale. Eduardo Costa. e mais um meia ou volante como o Marrone, deixando Marquinhos e Cleber mais a frente, com um atacante. Com três volantes e dois meias como temos mais frente. vai existir um equilíbrio melhor, facilitando também a cobertura nas laterais quando os alas subirem ao ataque
O que achas André?
Edu
NOVAS ÚLCERAS?
DETESTO referir o rival em termos de comparação com o Avaí, mas eles acabaram de vencer ao América de Natal. Saíram atrás, empataram e viraram para dois a um. Nenhum recuo para garantir esse resultado, seguiram agredindo, mantendo a pressão na frente, buscando matar o jogo e conseguiram.
Nesse ponto Mourinho está certo, pois tomaram também um gol nos acréscimos, mas o jogo já estava morto e salvaram-se pela vantagem em dois gols que haviam conseguido.
Sair de casa com M10 e CS88 no time, cheios de pretensões e projetos de acesso, e afinal respeitar e se curvar diante do Oeste jogando atrás como time menor, é atitude que não fecha com lógica nenhuma. Nesse jogo o Avaí tinha de ditar o ritmo, mostrar que era o melhor.
Nesse campeonato, por um ponto e até por um gol se chega, ou não se chega. Não se pode deixar escapar as oportunidades.
Encerrada a primeira rodada, somos o único time catarinense que não venceu.
A Chapecoense não se deixou influenciar pelo fator campo, chegou na casa do adversário e mandou ver, isso é coisa que depende muito de cabeça de treinador.
Um aprendiz que tivemos, que lidava muito bem com essas coisas, trocamos por Sérgio Soares, que nos deu úlceras estomacais. Agora estamos com Ricardinho, e sei de muita gente que já reclama de acidez e refluxo. Talvez venhamos a sofrer de novas e prolongadas úlceras. - Roberto Costa
ANDRÉ- enviei comentário "Novas úlceras?". Se achar interessante como pitaco, tudo bem. - R. Costa
Aguiar,
Não creio que haja essa síndrome de candinha. Ocorre que a equipe jogou mal, M10 andou em campo e é natural que esses comentários ocorram. Afinal, além do empate, viemos de duas eliminações, um das quais, traumática...
Nivaldo,
É verdade. O mais curioso é terem contratado o V.Bovi, com 31 anos e sem qualquer destaque em alguma equipe. Não é promessa. Não aconteceu.
Ainda vou dar mais um crédito ao Ricardinho...
Paulo D,
Posagora...
M10 andou mesmo. Aliás, o time do AFC vem cansando com uma facilidade incrível...
Roberto Costa,
Concordo plenamente. Era para atropelarmos. Injustificável tanto recuo contra o Oeste...
R.Costa,
Vai ser! Aliás, já foi...
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