Memórias de um tempo não tão distante, by Alexandre C. Aguiar

Memórias são as ferramentas de nosso cérebro com capacidade de adquirir uma informação e armazená-la, e depois recuperá-la. São as memórias que nos dão a base do conhecimento.

Graças à memória podemos reviver coisas de nossa infância e projetar situações para a fase adulta.

E por causa da memória muito do que vivemos voltam sem nem mesmo nos darmos conta. Basta um cheiro ou um sabor para que possamos recuperar sensações, vivências, atitudes e jeitos de encarar determinadas coisas. Uma cor, uma luz ou um semblante são suficientes para nos alegrarmos ou nos deprimirmos.

Lembro dos dias em que comecei a conviver com o futebol. E a razão de ter escolhido um time para torcer. Lá na infância, na mais tenra idade, decidi que era pelo Avaí que minhas emoções iriam fluir como torcedor. Não é algo programado, não é uma determinação. É mais do que um gosto.

Ir ao estádio, ver pela TV, ouvir pelo rádio, sofrer, sorrir, viver e conviver com o Avaí incrustou-se em minhas memórias.

O primeiro título e a primeira decepção me fortaleceram como torcedor. A raiva com as derrotas só me fizeram querer mais e as conquistas garantiram que nunca iria abandonar meu time de coração. Aprendi que para ser avaiano tem que ser com sofrimento.

Dessa forma, toda uma história passa pela mente e a memória dos momentos vividos continua plena e ativa. Parece que foi ontem que rolei a primeira lágrima pelo meu clube e ainda assim não aprendi a controlar tamanha emoção.

Em 90 anos de vida o Avaí tem muita história pra contar. E cada um de nós, torcedores, continuamos a ver esse Avaí fazendo coisas para manter esta memória viva e ativa.

Feliz aniversário, meu clube de coração.

* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí, proprietário do blog Força Azurra e um do colaboradores do portal Todo Esporte SC