sábado, 9 de novembro de 2013

INVESTIGAR É PRECISO, by Roberto Costa

Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas
Se alguém se deu ao trabalho, depois de assistir ao vexame em Arapiraca, de se ligar no restante do jogo entre Boa Esporte e Paraná, certamente mordeu-se de inveja, como eu.

O Boa perdia de dois a zero e lançou-se  à frente em busca de melhor resultado. Mas não assim, como o Avaí, não com a mobilidade mórbida que vem caracterizando nossos últimos jogos, depois daquela exemplar apresentação contra o Bragantino, após a qual parece que perdemos o compasso, a garra, a força.

Por demais contagiante a alegria com que o Boa passou a envolver a equipe paranaense no segundo tempo, contagiante a mobilidade, as tabelas, a força, a determinação. E vi o primeiro gol, e vi o segundo, do empate, e tive certeza de que o terceiro da virada viria., como de fato veio. Gols talentosos, gols atléticos, chutes portentosos, o segundo feito de cabeça, em cobrança de escanteio, o goleador alçado à altura do segundo andar. Nós alçamos bolas na área e não temos um cabeceador.

Ninguém do Boa deve ter reclamado de árbitro, de dimensão de campo, de calor. Ninguém pregou, apesar de o campeonato estar no fim. O Boa resolveu-se, foi uma máquina frenética, mas muito consciente, e botou o Paraná na roda, e em aproximadamente 30 minutos decidiu tudo. Aos quarenta e dois do segundo tempo, quando nossos atletas costumam sofrer cãibras, o boa atacava em massa e velozmente e como guerrilheiros bem treinados, enlouquecendo os adversários, virou o jogo. Simples, quiseram e fizeram. E teoricamente eram inferiores.

Nós, teoricamente superiores ao Asa, de novo entramos jogando um futebol feio, sem vibração e sem eficácia. Pior, o narrador do jogo observou com procedência, "o Avaí é superior em qualidade, mas se mostra passivo." e quando, num jogo dessa importância, alguém pode se portar passivamente? Apenas numa hipótese, a de haver algum engasgo, alguma areia na caixa de câmbio do relacionamento entre jogadores e comissão técnica, o Tarnowsky apontou qualquer coisa, coisa que já passou da hora de ser  resolvida. Por sinal, Marquinhos foi displicente, não jogou o jogo, poderia ter saído aos dez do segundo tempo, talvez o time melhorasse.

Para o torcedor Faraco, o Avaí ainda sente o clássico, em poucas palavras, insinua que em Arapiraca o Avaí perdeu de novo para o tombense. Diz que o clássico ainda não acabou. Uma forma de valorizarem-se. Aliás, o clássico foi tão impactante que teve até efeito retratil, deve ter sido responsável pelo jogo pífio que fizemos uma semana antes, contra o Atlético Goianiense. Como disse o goleiro Diego, ganharam de um time grande, e  exageram na comemoração porque foi como conquistar um título.

Existem mais coisas no vestiário do Avaí, do que sonha a nossa vã filosofia. O acesso nunca esteve tão em nossas mãos, mas são várias apresentações muito anêmicas, muito estranhas desde Goiania, o clássico inclusive. Investigar é preciso. 
* Roberto Costa é associado do Avaí FC

5 Comentários:

Anônimo disse...

Falando besteira são um time de mendigos e se acham superiores , acorda p o mundo real levaram uma sapecada em casa e quer uma desculpa? Edu.

Unknown disse...

Edu tem rima !!
Concordo com vc Roberto.....e agora oq acho é que para quem sabe, esta mais do q na hora de dar nome aos bois.....ou vao dormir com a noticia, assim como na RBS ??

Marcelo Alves

André Tarnowsky Filho disse...

Edu,

Precisas ser mais claro nas tuas colocações...

André Tarnowsky Filho disse...

Marcelo Alves,

Podes ter certeza de que, se tivesse os nomes, os teria divulgado. Não mudo uma vírgula do que escrevi. O fato aconteceu.

Anônimo disse...

EDU, acordei para o mundo real como querias e de imediato vi o primeiro gol do teu time contra o Guaratinguetá, agora há pouco.
No fim do jogo vocês deviam ter tirado a roupa de novo e carregado o árbitro em triunfo, ele foi decisivo. - Roberto Costa

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