SAIA JUSTA E SALTO QUINZE, by Roberto Costa

HEMERSON MARIA  vestiu garbosamente a saia justa da sua particular cláusula de confidencialidade: "...por algumas coisas que eu não quero falar." 

A rigor, talvez a razão seja não de querer, mas de não poder.

É curioso, mas uma entidade formada por sócios não constitui uma sociedade?  E os sócios contribuintes não têm o direito de conhecer a forma como a sociedade é gerida?  Não têm o direito de pedir esclarecimentos sobre coisas que queira conhecer?

Não sendo donos, têm os gerentes o direito, ou o poder, de vedar o conhecimento dos eventos intestinos do Clube aos sócios contribuintes? Onde se situa, que grau de poder tem Hemerson Maria nesse contexto?

Por tais razões, por essa opção pela caixa preta, é que saem a público os boatos retumbantes, as más interpretações, os entendimentos destorcidos das coisas que acontecem no Avaí.

O torcedor é o sangue e a carne do Clube, é a massa que é razão e fim da sua existência e como tal não pode ser desconsiderado, descartado, ao bel prazer de uns e outros: "... não quero falar."

Hemerson Maria devia descalçar o salto quinze sobre o qual se posta diante do torcedor e expor logo o que o torcedor quer e tem direito de saber, certamente os motivos de sua decepção nesta série B, de 2013. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC

Foto: Jamira Furlani