Atlético H.A. x Avaí, by Daniel D. da Rosa

No campeonato de 2015 é melhor nem levar o time principal, manda o sub-20 e deixa o profissional em Florianópolis, trabalhando a parte física e técnica.
Sobre o jogo em si foi mais do mesmo, as mesmas valências e os mesmos pontos fracos do ano que se passou, exceção feita as laterais, onde vejo que tivemos algum ganho.
Três Tenores
Marquinhos, Cléber Santana e Eduardo Costa continuam sendo o oásis em meio ao deserto que é o time azurra. Eduardo com a tranquilidade de sempre dominou as ações a frente da área, Cléber comandou as ações de meio, fez a bola rodar, abriu os espaços necessários e fez o futebol parecer algo facinho facinho, por fim Marquinhos que continua o mesmo, deixando a turma de frente pro crime , ontem foram umas cinco enfiadas de bola espetaculares, daquelas que ele mete e fala "se consagra mô quiridu!", mas daí né, quem recebe a bola é outro papo.
Defesa
Eu deixaria em branco este item, mas seria bonzinho demais ao fazer isso, o nada seria lucro para nossa dupla de zaga.
Não podemos aceitar, um time como o Avaí ter um zagueiro como Pablo, é impossível alguém em sã consciência achar que este rapaz tem condições de jogar no Maior de SC, nem pra compôr o elenco ele serve. Pôr Luiz Matheus, cria da base, pra treinar em separado e meter este "canela dura" como titular parece uma brincadeira, e de muito mau gosto.
Bruno Maia por sua vez não foi tão comprometedor, mas também não ajudou a melhorar a situação, assim como em 2013 foi peça nula, lento, desatento e se tremendo todo como sempre, é pipoqueiro e só serve pra compor elenco, não dá pra aceitá-lo como titular, pelo menos por enquanto.
Ataque
Betinho precisa perder alguns bons quilinhos e fazer um tratamento a base de Ritalina, pra ver se fica mais atento ao jogo, não acho ele de todo ruim mas o cara precisa entender que centroavante tem que olhar a linha de defesa pra não entrar 6 vezes em impedimento, que centroavante vai ter uma ou outra chance de arremate e precisa aproveitar as que tiver, não dá pra se surpreender com a chegada da bola porque estava desligado e daí no susto largar um peitaço em cima do goleiro.
Luciano por sua vez precisa entender que começou agora e que não chega a ser nem o fungo da unha encravada do Cristiano Ronaldo, portanto não pode nem pensar em achar que é algo parecido com o portuga, como ele pensa que é. Mais humildade garoto, faz o fácil.
Emerson Nunes
Na minha humilde opinião o treinador, na tarde de ontem, fez parte do time no qual jogaram os zagueiros e os atacantes. Errou na relação de jogadores e ficou sem as opções ideais de banco, errou nas substituições e o pior de tudo não conhecia o adversário e levou sua equipe despreparada para o confronto.
Começamos perdendo o jogo na falta de cobertura do lado direito, tendo em vista que ali era o lado ofensivamente forte do adversário, não poderíamos ter ficado com Arlan fazendo carreira solo por aquelas bandas, deveria ter sido incumbido de reforçar a marcação por ali o volante Júlio César, que durante todo o jogo ficou solto, por vezes fazendo a função de um terceiro meio, à la Ramires, sem ter qualidade técnica e velocidade pra isso.
Perdemos também pela falta de aproveitamento dos espaços deixados no fundo do lado direito do adversário pois Luciano fechava como segundo atacante e não fazia o trabalho de velocidade pela beirada, sendo assim nosso jogo de concentrou do lado direito e pelo miolo do campo, facilitando a marcação do fraco Atlético.
É inadmissível também, o treinador sair de Florianópolis com um único atacante, sendo ainda que este não estava em sua melhor condição física, se sabia-se que Felipe Alves corria o risco de não ser opção, por questões de documentação, porque não se levou o garoto Jean da base para compôr o grupo? Não da pra ir lá somente com meias como opções ofensivas.
Quanto as substituições, a primeira delas foi acertada na saída de Luciano, mas precisávamos de alguém com melhor poderio de finalização, que não é o caso de Zangão, que entrou somente para abrir espaços, o que pouco ajudou. A saída de Eduardo Neto foi um equívoco, uma queima de oportunidade de mudança de jogo, pois o grande problema continuava sendo a finalização e não as chegadas ao fundo, sendo assim não adiantaria muito mexer nas alas.
Enfim, espero que o jogo de ontem tenha servido de lição para nosso querido Emerson Nunes e que para quarta-feira alguns pensamentos equivocados não aflorem mais sia cabeça, caso contrário, minha opinião sobre sua efetivação será confirmada e ele será só um esquenta banco para o próximo treinador. Torço muito pra que me faça queimar a língua, pois quero o melhor pra ele e principalmente para o Avaí.
* Daniel Dutra da Rosa é associado do Avaí e proprietário do blog Meu Avaí
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