sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O parceiro que se precisa, by Alexandre C. Aguiar

Algumas coisas podem não ter se realizado em 2013 para o clube de maior torcida em Santa Catarina. Aliás, muita coisa não aconteceu. A palavra frustração pipoca nas rodas e em comentários dispersos. Há, ainda, muita mágoa a ser expurgada, isso é fato. Uma eleição para diretoria ocorreu já num longínquo novembro e ainda é ruminada por quem não se conforma em a ter perdido de forma tão acachapante, imaginando ingenuamente que um pleito deste tipo purgaria os dissabores. Entretanto, dentre os próprios vencedores há quem se reinvente a cada dia, porque sabe que o rearranjo das coisas em nosso clube não serão fáceis. Temos desafios e eles são intragáveis.
No entanto, como todo clube de futebol, vivemos dias de glórias e decepções a cada instante. É assim que se forja um torcedor real, o verdadeiro patrimônio de qualquer instituição de futebol. É dele que se espera viradas diante das impossibilidades. Se o torcedor quer comemorar conquistas, deve saber, se for lúcido, que elas só acontecem se estiver junto ao clube. Não existe outra fórmula. Não há outro jeito. As alternativas inexistem. As vacas obesas transitam com as vacas anoréxicas no mesmo quintal.
É claro que, por pior que seja o cenário, as soluções existem. Se um céu negro se aproxima, uma nesguinha de sol nos aponta que pode não ser assim tão difícil. E a atual diretoria avaiana está demonstrando que dá, que é possível, que podemos mudar este cenário.
Todavia, vamos repetir, isso só ocorrerá se o torcedor estiver junto. Não é possível a posição de singelo espectador esperando a paisagem mudar paa depois desfrutar. Isso é muito comodismo. Só dar as caras quando o tempo estiver ensolarado, mas nas tempestades se esconder. Essa postura adotada por muita gente durante a gestão Zunino é de uma burrice sem igual. Lamento os puristas, mas não há outro jeito de se identificar isso. Jogar pedras, para alguns, era mais fácil e cômodo que estender a mão.
As intransigências e mágoas não podem ser o que resta de uma torcida que se diz grande. Torcida de futebol deve estar no estádio, nas ruas vestido as cores do clube, nos locais de trabalho se identificando, participando da vida dele. Este torcedor só é percebido ao se fazer presente. Levantar a mão e dizer “eu sou torcedor deste clube, com muito orgulho”.
Dessa forma, a única maneira de ajudar, de verdade, o nosso clube e fazê-lo ser este gigante que todos queremos é investindo nele. Não dá para esperar que os outros façam aquilo que é nosso dever de torcedor. Somos a melhor parceria que o clube pode ter, porque ela não tem contrapartidas e não exige nada a não ser declarar seu amor ao clube, fazendo-o crescer.
É hora de sermos sócios. A forma mais simples e efetiva de fazer as dificuldades mudarem.
Depois disso, vejo uma fila enorme de torcedores indo até a secretaria do clube para buscar suas carteirinhas.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC, proprietário do blog Força Azurra e um dos colaboradores do portal Todo Esporte SC. Foto acima: Jamira Furlani

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