O ponto fora da curva, by Alexandre C. Aguiar

Ocorre que o talento pode ser uma alternativa aos limites que o corpo impõe. Em diversas oportunidades vemos atletas acima da média de idade competindo e cujo desempenho demora a diminuir. Por conhecerem os chamados “atalhos” da carreira, vários destes atletas ainda são úteis em suas equipes.
No futebol, um esporte que a cada dia mais exige bons rendimentos, atletas na faixa do trinta ou acima disso são raros. Sobrevivem apenas os que tem um raro talento, sendo peças cobiçados por muitos times que querem aliar força e experiência em seu grupo.
É o que estamos vendo em Santa Catarina, onde os clubes estão investindo, e bem, em atletas com bom rendimento físico e em jogadores acima da média estabelecida para o campeonato catarinense. Isso colabora para aumentar a qualidade das equipes e tornar a competição mais atrativa.
No Criciúma, é inegável que a presença de Paulo Bayer será um atrativo, assim, como a de Marcos Assunção no Figueirense. Já no nosso Avaí, ter Eduardo Costa, Diego, Marquinhos Santos e Cléber Santana, todos acima da faixa limite dos trinta anos, faz do clube da Ressacada um sério candidato ao título. Evidentemente que os maus resultados no ano passado poderiam nos tirar todos eles e fazer com que o Avaí jogasse com um time de brucutus. Aliás, exatamente como quer um terço e um meio da torcida, ao nos comparar com a Chapecoense, por exemplo.
Dirá o torcedor mais exaltado, aquele que não enxerga um palmo diante do nariz, que isso é tendência ao fracasso, uma vez que o time avaiano se tornará lento.
Bom, eu digo que lenta é a imaginação de quem prefere músculos ao invés de talento.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC, proprietário do blog Força Azurra e um dos colaboradores do portal Todo Esporte SC
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