Uma opinião pra chamar de minha, by Alexandre C. Aguiar

- Como é que tu podes acreditar nisso? Como podes defender aquilo? És um cego.
Isso é só um carinho na bochecha, pois todos sabemos que a coisa é muito pior que isso.
A verdade é que falta amadurecimento em muito barbado para digerir palavras e opiniões, é o que se percebe. A propósito, saber ler é um dos requisitos negados.
Numa ordem que seria a correta, uma crítica, na imensa e atlântica maioria das vezes, tem que ter embasamento. Tem que defender uma causa, um objetivo. Tem que estimular o debate pela lógica dialética. E é, por mais que alguém se morda de raiva, uma opinião pessoal, com apoio ou discordâncias, com via de mão dupla e tem que ser respeitada. Pode até ser dura e forte, mas é um ponto de vista.
Por isso, a crítica não estimula hostilidades. Não pode vir carregada de insultos, pois isso, sim, gera os tiros e flechadas. A hostilidade parte de quem não aceita, de forma alguma, a crítica, seja ela contra ou a favor ao objeto em tese, se não for combinado com o grupo. Sim, uma crítica pode ser também a favor, ora bolas! Mas o tal grupo não aceita.
Ter uma opinião e estabelecer uma crítica significa que uma pessoa observou e tirou conclusões. Ser hostil a uma opinião significa que alguém não gostou, não respeita a opinião e quer que o autor se cale. Ou se foda, que é o mais comum.
Aliás, o ódio disseminado nas redes sociais não é exclusividade da blogosfera avaiana. Os babacas por aqui que me detestam (e estou cagando e andando pra eles), me chamando de puxa-saco, pombo enxadrista, bajulador do Zunino e quitutes refrescantes são só mais alguns dos machos de teclados espalhados por este mundo do ciberespaço. Quando não são anônimos covardes, são covardes conhecidos, o que dá no mesmo. Alguns ficam na moita, esperando uma chance, um deslize, uma bola fora, uma mijada fora do penico pra botar o bloquinho sujo na rua. E dei-lhe desancar o alvo preferido. É o que está ocorrendo agora com o próprio presidente Nilton Macedo. Há até uma boa vontade (mentirosa!) reinante, mas basta ele não rezar na cartilha deles que o pau vai roncar.
A parte curiosa da história toda é vermos muitos donos da verdade jogando pedras gratuitamente de maneira ofensiva, pesando na mão de forma arrogante, contra alguém ou contra uma determinada medida e chamando isso de crítica. Pode isso, Arnaldo? Crítica não é depreciação, muito menos censura ou impedimento de agir. A gente sabe qual é o nome disso.
Às vezes beira às raias do crime, culpando alguém sem julgamento e acusando sem provas. Houve quem escapasse ileso e está nadando de braçadas por aí, por sorte e juízo meu, pois qualquer advogado se fartaria com os processos por calúnia e difamação (eu, por exemplo, tenho uma boa coleção de pessoas que a essa hora estariam pagando tributos ao erário).
E, no entanto, quando é contrariado, acusa o interlocutor de não respeitar opiniões. Curioso e engraçado. Crítica, seja a favor ou contra, é para ser debatida e não gerar MMA fora dos teclados.
Há muita gente que se incomoda com minhas opiniões. Ótimo! Obrigado pela força, pois vou continuar.
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