O PONTO FUTURO, by Roberto Costa

De hipótese inimaginável a realidade já quase palpável, não há como seguirmos nos agarrando a ilusões. Todas as hipóteses já foram postas em debate para explicar a situação e obter-se a solução e ninguém parece entender e menos ainda se entender.
Chega-se a pensar que haja internamente mentes trabalhando pelo desastre. O zagueiro Alex Lima, perna de pau dos mais limitados, teria dito, na época em que a crise teve início, "que nós (jogadores) vamos f... o Avaí." Essa maçã podre foi tirada do cesto, mas a contaminação parece continuar.
Na linha de suspeição em primeiro plano seguem mesmo os jogadores, porque quando quiseram jogar, como no clássico dos 2 X 1, portaram-se como homens, mas tudo leva a crer que o fizeram em resposta a provocações do adversário no jogo anterior, e não por questões de dever profissional. Encerrado o clássico, restabeleceram a rotina do desleixo.
Se as vigas da casa estão estalando, anunciando ruína próxima, a prontidão tem de ser redobrada e todos os esforços são envidados para reforçar estruturas, para salvar o patrimônio. Ontem, no primeiro gol do Marcílio o goleiro Diego apreciava placidamente as flores do jardim da grande área, e apenas observou a bola ganhar o fundo das redes.
Outro detalhe, no gol do Roberto, de bela feitura, por sinal, a comemoração fria que se seguiu também foi sintomática. Nenhum sentido de reação parece ter trazido esse gol. O que corre nas veias dessa gente?
Como disse, um ponto futuro se aproxima anunciando o apocalipse. Se a queda se confirmar e forças nebulosas vierem em socorro, trazendo de bandeja soluções viscosas, tipo virada de mesa, que o Avaí mantenha sua filosofia de vencer na bola, que jogue a segundona mesmo com sacrifício, para retornar pela porta da frente, como sempre fez, que não se iguale.
Se transigir com tais soluções serei o primeiro a condenar.
Caro Roberto Costa,
Infelizmente a questão não é o Alex Lima (que graças a Deus já foi embora), não é o Diego (que não sei a troco de que ainda se sustenta), não é o Bruno Maia nem o Eduardo Neto. A questão, hoje, é que o Avaí é uma nau sem comando. O Avaí Futebol Clube está sem comando, e onde não há comando impera a desordem. A gestão Zunino (vaidosa e orgulhosa) destruiu o Avaí Futebol Clube financeiramente. Ficou 12 anos, multiplicou por 10 a dívida histórica, não foi capaz (competente) de aumentar o número de associados (muito pelo contrário, foi venal ao afastar a torcida do estádio), não dotou o Avaí de nenhuma outra receita segura, misturou o clube com negócios familiares ao colocar o filho lá dentro, foi absolutamente irresponsável com contratações e rescisões, enfim, destruiu o clube. A gestão da continuidade de Macedo não sabe o que fazer, já que não pode colocar o dedo na ferida - má gestão anterior, porque o antecessor foi seu criador, não conhece nada de futebol, não tem projeto algum para livrar o clube desse lamaçal em que conseguiram - Zunino e sua intrépida trupe - colocar o clube.
A coisa está muito feita!
O horizonte é tenebroso.
Saudações Azurras!
Caro Luís,
O Avaí é uma nau sem comando por conta desses canalhas que vestem nosso uniforme. Fica muito fácil apontar para a diretoria atual, a anterior e até para o Papa quando se quer defender esses baladeiros a qualquer custo.
A gestão do Macedo, que insistes em rotular como continuidade, vai colocar a casa em ordem outra vez. É questão de tempo, e dinheiro...
O mais incrível, e estás esquecendo, é que na eleição do CD, a chapa oposicionista queria apoiar a candidatura de Nilton Machado, mas agora apostam no quanto pior, melhor...
Saudações AvAiAnAs!
André,
A falta de comando não pode ser atribuída aos comandados. Mais uma vez invertes a ordem natural das coisas. Se não tem comando, daí sim, concordo que aqueles que deveriam ser comandados colocam as asinhas de fora e pintam e bordam. Agora, a conta da falta de comando não pode ser atribuída aos comandados. Essa conta é da frouxidão, da lerdeza, da falta de atitude da Diretoria. Se tivesse comando, se tivesse pulso firme, se tivesse chamada de atenção, tu achas, realmente, que haveria esse boicote em campo que está havendo? É claro que não! O problema é que como a Diretoria está devendo as calças para os jogadores, não tem peito para cobrar. Ou não é?
A continuidade quem rotulou foi o próprio Macedo e cia. ltda. O que é uma pena, porque continuidade de uma coisa boa todos queremos, mas continuidade de uma gestão que destruiu o Avaí Futebol Clube, pelo amor de Deus! Vão ser masoquistas assim lá pro inferno.
Sobre a chapa oposicionista apoiar a candidatura do Macedo, acho um erro, porque não é preciso ser nenhum expert para ver que o Macedo não entende nada de futebol; mas não há problema maior do que tu veres que o cara prometeu um tal Comitê Gestor para ser um sustentáculo da Diretoria e esse tal CG nunca ter sido chamado a se reunir; não há problema maior do que tu veres uma eleição com trocentos conselheiros apoiando o cara e na hora do vamos ver aparecem meia dúzia. Quem tem que dar a resposta é quem ganhou, não quem perdeu. Quem ganhou tem que mostrar porque foi a escolhida pela maioria. Até agora não vi nada!
Que a gestão do Macedo vai colocar a casa em ordem é um desejo teu, meu, nosso..., pelo bem do Avaí Futebol Clube. Mas apenas desejo. Até agora, não há nada de concreto e o cenário está cada dia mais nebuloso.
Saudações Azurras!
Luís,
Como coloquei no texto do Adenilson e do Flora, todos erraram, mas os jogadores chegaram numa medida extrema, que compromete inclusive suas carreiras. Creio que seja muito difícil para Um M10 ou um EC5 buscarem um novo clube no mercado, como também para D1 e CS88...
Foram tansos!
Se os jogadores não tem peito para cobrar o que lhes é devido, não sei. Porém, sei que se o atraso fosse nos tais 5 meses, como sempre divulgado, já teriam buscado a dona Justa. Ocorre que não receberam integralmente e o bolo foi crescendo...
Sobre a oposição apoiar a candidatura do Nilton Machado, foi exatamente o que aconteceu. Não havia um projeto para a direção executiva, não havia uma nominata para tal.
Creio que essa questão do Comitê Gestor foi mal encaminhada e entendida. Com o implantar um CG sem que se faça as alterações necessárias? Vai levar tempo, mas vai acontecer.
Sobre a participação dos conselheiros, lamentavelmente isso é uma questão histórica.
Concordo que quem tem que dar a resposta é quem ganhou,
não quem perdeu. Porém, ficar apostando no quanto pior, melhor, como tem sido a postura de alguns perdedores, acho extremamente lamentável. Não viste nada, mas vais ver, certamente...
Saudações AvAiAnAs!
LUÍS,
Com efeito, não vejo como se possa isentar de responsabilidades o Zunino pela situação do Avaí, a responsabilidade é inerente ao cargo, a crise sob seu mandadto é indiscutivelmente sua, ainda que no frigir da disputa política explicações e justificativas se contraponham entre as alas rivais.
Na abordagem que fiz no texto acima dei a impressão equivocada de que todos os males são de responsabilidade dos jogadores, mas não penso assim, eles também são vítimas.
Acontece que, ainda que vítimas, também contribuíram para tornar a crise mais aguda e não foram inteligentes a ponto de luitarem pelo acesso, que estava praticamente ganho, e que representaria melhores condições do Clube pagar-lhes os créditos. Faltou tato também ao Sr. Nilton, no trato da crise.
Eles, jogadores, também não pensaram na torcida que os prestigiou e parece que continuam não pensando, nem no Clube como entidade.
A crítica focada sobre os jogadores é porque naquilo que se resume a soluções dentro do campo, à salvação de um descenso no estadual, é solução que só a eles compete, porque nem diretoria, nem treinador, nem torcida podem fazer gols. A bola está com eles.
Abraço. Roberto Costa
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