segunda-feira, 31 de março de 2014

Quem está no comando? by Adriano J. Assis

O treinador de futebol, em sua maioria é um nômade, um verdadeiro cigano, são raros os casos de treinadores no Brasil que esquentam lugar! Sabemos que tudo está atrelado ao desempenho dentro de campo movido por resultados, sabemos também, que o cara tem que ter jogo de cintura para lidar com a boleirada, tem que ser psicólogo, pai, mãe e um interlocutor entre time e diretores! Além de todas essas expertises, tem que manjar de futebol!  

A pergunta que me fiz ontem a noite após o jogo do Avaí, foi genérica (vale para qualquer clube), mas em especial para nosso momento! Quanto pode ser determinante a escolha de um treinador?

Precisamos fazer três escolhas equivocadas antes de acertar?
Avaliar o perfil do candidato a vaga é importante, ficou boas lições desse fatídico começo de ano! 

Começamos com Sidney Moraes, estava o sujeito começando a decolar, na crista da onda, lá foi o Avaí atrás do "emergente", eis que o cara estava propenso a fazer leilão, e fez! Momento de desgaste para os envolvidos, se olhou a embalagem nova, sem saber direito do conteúdo! O resultado foi um grande embaraço para diretoria e a necessidade de uma nova escolha! O plano B, Emerson Nunes assume a bronca com o carimbo na testa de aprendiz, a chance desse tipo de coisa vingar é pequena, e não vingou! Os resultados não apareceram, sim o treinador precisa de resultados! E agora José? Chegou Paulo Turra, hum... Agora vai! Turra chegou com discurso linha dura, falando o que alguns queriam ouvir, só que esqueceu de combinar com a boleirada, e quando os caras não querem, não adianta treineiro, "vax caí"...
E agora José, João, Maria!?
Não se podia mais errar, a escolha teria que ser certeira, a dúvida entre todos era: É o treinador ou é o time? Confesso pra vocês que ainda acho que é o time, os jogadores escolheram o técnico e não a diretoria, a diretoria até colocava, mais os boleiros derrubam fácil se não há comando administrativo!

Chegou Pingo, sob o olhar desconfiado da torcida, risco de rebaixamento, time amarrado, problemas fora de campo... Pingo teria que exercer todas aquelas habilidades que relatei lá no começo, mas um atalho foi tomado, os jogadores gostaram da escolha! É... A boleirada gostou, Pingo deu carinho, amor e atenção, disse que a chuteira deles é bonita, e que eles são os "pica das galáxias", e que não poderiam estar naquela posição!

Vejam vocês amigos, o que faz a escolha de um treinador, mas o que pode fazer também a escolha de seus atletas!

Volto a pergunta que fiz ali atrás: Precisamos fazer três escolhas equivocadas antes de acertar?
O que vale para o treinador vale também para os comandados por ele, os jogadores!

Fica a reflexão! Quem está no comando?

Bom dia, boa semana! 


* Adriano José Assis é associado do Avaí FC e proprietário do blog Assis Azul

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