The Flash Turra, by Alexandre C. Aguiar

A partir daí, a velocidade tomou conta da apreensão do conhecimento, da fundamentação teórica e da discussão abalizada. Até comida passa rápido diante de nossos olhos, os chamados fast food. Você viu, mordeu e já foi!
Neste mundo atual, inventamos redução de pensamento em até 140 caracteres e achamos que, graças aos deuses da Polinésia, evoluímos. Um cazzo!
A vida atual, de construção do conhecimento, virou uma merda, com muito intelectualóide tentando explicar os fenômenos que nos cercam em duas dedadas num teclado. E se achando o ser supremo e superior da condução das vidas do bípedes pelados do planeta.
Para se chegar a algum lugar com competência é preciso ter calma, em primeiro lugar, e humildade em seguida, ou as duas juntas.
Talvez o Avaí passe a ostentar mais um recorde em sua existência, o de ter tido um treinador com passagem pelo clube num espaço de vinte dias. Não lembro de ter havido isso em outro clube de futebol. O tal de Turra se transformou no The Flash, o super-herói pai da ejaculação precoce e adepto da cesariana de zigoto (não sabes, vá ler!).
Mas a principal argúcia desse cidadão foi chegar, chegando. Nem bem assumiu e já criou polêmica. Nasceu morto e virou um zumbi. Passou vinte dias na Ressacada e cada dia era um acontecimento retumbante. Tudo muito rápido, muito ligeiro, faz aqui, acontece ali.
Não deu.
Na vida, para se ter sucesso, é preciso pensar, antes de agir, e agir com parcimônia. O futebol é dinâmico, mas as coisas não precisam acontecer ontem. E o pior é que, quando foi preciso assumir e se manter, ele refugou.
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