segunda-feira, 19 de maio de 2014

O PONTO QUENTE DA RIVALIDADE, by Roberto Costa

Ontem foi possível assistirmos ao jogo onde o tombense derrotou o time do Corinthians, colocando água no chopp da festa de inauguração do grande estádio Itaquerão. Foi de fato um evento histórico. 


Ainda que o time paulista tenha feito uma partida medíocre, sem demonstrar a qualidade esperada de um verdadeiro time de série A, com insistência nas bolas levantadas sobre a área adversária, (trinta e duas), a atuação do time do Estreito revelou no mínimo uma mudança essencial: aplicação, atitude, garra.


O time do Estreito foi definitivamente outro, mudou da água para o vinho, da dispersão para a coesão e daí para a tesão, nenhum jogador se omitindo na batalha. Como rivais, adversários, opositores, secadores que somos, esperamos que não aconteça, mas isso pode vir a significar uma mudança de rota, da tragédia para o sucesso.


Mais algumas rodadas serão necessárias para comprovarmos se o que houve foi um fato isolado, uma inspiração ditada pelo foco festivo da inauguração do estádio, pelo momento Copa etc., ou se foi mesmo um renascimento. De qualquer forma, a vitória marcante veio logo após uma troca de comando da equipe, de uma mudança radical da diretoria barbie, que, diga-se, não perde tempo, não hesita nas cirurgias quando as coisas não acontecem.


É claro que me reporto a essas coisas com o objetivo de traçar um paralelo com a água estagnada onde nos debatemos, onde as coisas seguem mórbidas, onde sucesso e insucesso parecem não ser coisas diametralmente opostas, onde as atitudes são tomadas sempre a posteriori, onde sempre se conta com o bombeiro ao invés de prevenir-se o incêndio. 


Nós, de forma absurda, placidamente marcamos uma data para agir, depois da pausa da Copa. Se até lá a campanha tiver ido para o brejo, exploda-se tudo, explodam-se os torcedores com sua mania de paixão, exploda-se o Clube, exploda-se o mundo. O Nordeste estará sempre lá, distante dos clamores, ideal para um descanso restaurador.


É sabido que a nossa conquista do título da série C estimulou os diretores do rival, mobilizou-os para crescer. Esse é o ponto interessante, o ponto quente da rivalidade, o sucesso de um mobilizando energias no outro. A hora de agir é agora, hora de seguir o exemplo do outro, depois será tarde, no Estreito já levaram em conta esse fato. 


Um retorno à série C, coisa não descartada se considerarmos a fragilidade de nosso time, será equivalente a um sepultamento. A hora é de fazer milagre, se só milagre der jeito, a hora requer muito carinho para com o Avaí, Dr. Nilton.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Rodrigo Gazzanel/Futura Press

12 Comentários:

Unknown disse...

Prezado Roberto Costa,

não me espanta a forma que você demonstra a admiração por nosso clube. Mudamos mesmo quando é preciso e os resultados aparecem, já vocês insistem com ex jogadores, ainda chamam de ídolos, que nada resolvem e ainda têm contratos renovados, bom para os rivais!

Você errou em falar sobre um título de série C, isso nunca serviu para nada, muito pelo contrário, desejamos que vocês conquistem um série C novamente em 2015, tudo indica que esse projeto já iniciou-se.

Forte Abraço.

Anônimo disse...

Eduardo Ramos, por onde andaste?
Embaixo da cama?

A mágoa que você tem pelos nossos ídolos é compreensível, eles extrapolaram realmente nos créus e nos shows à parte que deram no remendão.
No teu lugar eu odiaria também, muita falta de consideração. É bem abusado esse tal de Marquinhos.
Estás animado de novo? Recuperado?
Já sei, ganharam um jogo e agora são de novo o Bar-celona.
Os caras do Meu Cantinho vão fazer vocês acreditarem de novo.
Apareça, - Roberto Costa

Guilherme P. Flemming disse...

Forte abraço?? achei que o ramos de rosa fosse mandar beijinho no ombro....kkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Eduardo, um título da série C, pra quem não tem, realmente não serve pra nada, pra nós serve pra meter inveja.
Fica bem pra caralho, uma estrelinha dourada acima do escudo.
Mas sejam criativos,
se não conseguem estrela, botem um apito dourado na camisa?
Ou um tapete? Ou uma janela?
Até um charuto fica bem no meio daquelas cores redículas.
Roberto Costa

Guilherme P. Flemming disse...

Paulo Damian O ramos de rosa precisava evacuar, depois de tanto tempo com o dedo no c...

André Tarnowsky Filho disse...

Eduardo Ramos,

O texto do Roberto Costa é deveras inteligente ao ponto de te fazer ressuscitar...

Quanto ao título da Série C, vale lembrar daquela historinha da raposa e das uvas, que deves bem conhecer...

Abre os olhos! Ilusão pouca é bobagem...

André Tarnowsky Filho disse...

Roberto Costa,

Como podes perceber, ainda que desaparecido, ele continuou cultivando grande admiração por ti...

André Tarnowsky Filho disse...

Gui,

Ele está querendo mais proximidade, se é que me entendes...

André Tarnowsky Filho disse...

Roberto Costa,

Ele está tal qual a raposa na fábula com as uvas: não consegue alcançar e desdenha...

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