domingo, 28 de setembro de 2014

O SOBRENATURAL DISSE SIM, by Roberto Costa

Não é das melhores atitudes "contar com o ovo na galinha." Este é um ditado que preconiza o comedimento, que condena a comemoração antes do evento esperado. Não concretizamos nada ainda, temos muito que brigar com adversários de bom nível até que cheguemos ao final entre os quatro primeiros, mas hoje o sobrenatural disse sim, o que para muitos foi um sinal revelador. 

Fizemos os primeiros 30 minutos da etapa inicial com qualidade, o Boa envolvido e pressionado em seu campo e seria totalmente justo se matássemos o jogo nesse espaço de tempo. Infelizmente a bola decidiu entrar uma vez somente e o adversário cresceu, fazendo nossa defesa bater cabeça em vários lances.

No intervalo, nossa expectativa era de que Geninho identificasse os pontos responsáveis pela pouca produção e mudasse pelo menos a engenharia do jogo, para o time render, retomando o ímpeto e a qualidade dos primeiros trinta minutos. Não foi o que se viu. O Boa assustou, seguiu mostrando-se um time aguerrido, bem treinado e disposto a buscar o empate, quem sabe até a virada. 

Mas o sobrenatural jogou por nós e resolveu a parada em dois lances muito específicos. Um, após o goleiro Wagner ter feito milagrosa defesa. Na sobra, o chute do atacante, com endereço certo, foi desviado, a bola chocando-se contra um companheiro seu saiu pela linha de fundo e ao final, quando o sufoco era grande (como correm esses times que nos visitam!) num bafejo da sorte, o gol salvador, um gol hilário que descontraiu a nação azurra e fez sorrir a noite.

Acredito que Geninho devesse fazer algumas alterações na equipe, algum rodízio, principalmente visando poupar jogadores mais desgastados, porque o Boa e outras equipes em jogos anteriores saíram mais inteiras ao final dos noventa minutos. Muito gás será necessário na reta final, pois não podemos nos fiar de que o sobrenatural vai comparecer aos próximos jogos. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Jamira Furlani / Avaí FC

2 Comentários:

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Série B é assim, todo mundo joga como se fosse a última partida. Ainda não vi, na Ressacada, um time que viesse e arriasse para o Avaí. O problema é um só: não temos um atacante de área, o cara que funga no cangote dos zagueiros, o cara que deixa a defesa adversária nervosa. Resultado: a defesa contrária avança, os volantes se acham e os meias jogam dentro de nossa área. E, de mais a mais, nossos jogadores precisam de um relaxante neuronal, pois andam muito ansiosos. Vi duas jogadas, de um atrapalhando a jogada do outro, que foi lastimável, dignas de jogadores que querem resolver de qualquer jeito.
Talvez seja aí o único ponto falho do Geninho, o de não conseguir conter a ansiedade do time.
De resto, este foi o jogo do acesso, podem registrar.

André Tarnowsky Filho disse...

Aguiar,

Análise show de bola!

Pensei nisso esses dias: "Pô! O Geninho enche o cara de moral e ele evai lá e faz merda ..."

No caso do Diego Jardel, entrou contra o Vasco, saiu jogando, matou o jogo, mas fica na reserva e não serve...

Estamos trilhando um caminho para chegar, mesmo não sendo brilhantes...

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