O SOBRENATURAL DISSE SIM, by Roberto Costa
Não é das melhores atitudes "contar com o ovo na galinha." Este é um
ditado que preconiza o comedimento, que condena a comemoração antes do
evento esperado. Não concretizamos nada ainda, temos muito que brigar
com adversários de bom nível até que cheguemos ao final entre os quatro
primeiros, mas hoje o sobrenatural disse sim, o que para muitos foi um
sinal revelador.
Fizemos os primeiros 30 minutos da
etapa inicial com qualidade, o Boa envolvido e pressionado em seu campo e
seria totalmente justo se matássemos o jogo nesse espaço de tempo.
Infelizmente a bola decidiu entrar uma vez somente e o adversário
cresceu, fazendo nossa defesa bater cabeça em vários lances.
No
intervalo, nossa expectativa era de que Geninho identificasse os pontos
responsáveis pela pouca produção e mudasse pelo menos a engenharia do jogo,
para o time render, retomando o ímpeto e a qualidade dos primeiros
trinta minutos. Não foi o que se viu. O Boa assustou, seguiu
mostrando-se um time aguerrido, bem treinado e disposto a buscar o
empate, quem sabe até a virada.
Mas o
sobrenatural jogou por nós e resolveu a parada em dois lances muito
específicos. Um, após o goleiro Wagner ter feito milagrosa defesa. Na
sobra, o chute do atacante, com endereço certo, foi desviado, a bola
chocando-se contra um companheiro seu saiu pela linha de fundo e ao
final, quando o sufoco era grande (como correm esses times que nos
visitam!) num bafejo da sorte, o gol salvador, um gol hilário que
descontraiu a nação azurra e fez sorrir a noite.
Acredito
que Geninho devesse fazer algumas alterações na equipe, algum rodízio,
principalmente visando poupar jogadores mais desgastados, porque o Boa e
outras equipes em jogos anteriores saíram mais inteiras ao final dos
noventa minutos. Muito gás será necessário na reta final, pois não
podemos nos fiar de que o sobrenatural vai comparecer aos próximos
jogos.
Série B é assim, todo mundo joga como se fosse a última partida. Ainda não vi, na Ressacada, um time que viesse e arriasse para o Avaí. O problema é um só: não temos um atacante de área, o cara que funga no cangote dos zagueiros, o cara que deixa a defesa adversária nervosa. Resultado: a defesa contrária avança, os volantes se acham e os meias jogam dentro de nossa área. E, de mais a mais, nossos jogadores precisam de um relaxante neuronal, pois andam muito ansiosos. Vi duas jogadas, de um atrapalhando a jogada do outro, que foi lastimável, dignas de jogadores que querem resolver de qualquer jeito.
Talvez seja aí o único ponto falho do Geninho, o de não conseguir conter a ansiedade do time.
De resto, este foi o jogo do acesso, podem registrar.
Aguiar,
Análise show de bola!
Pensei nisso esses dias: "Pô! O Geninho enche o cara de moral e ele evai lá e faz merda ..."
No caso do Diego Jardel, entrou contra o Vasco, saiu jogando, matou o jogo, mas fica na reserva e não serve...
Estamos trilhando um caminho para chegar, mesmo não sendo brilhantes...
Postar um comentário
A MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS FOI ATIVADA. Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos, antes de serem publicados pelo autor do Blog.