"CÔSAS" ENORMES ENTALAM NAS GARGANTAS, by Roberto Costa

Desnecessário alguém dizer: "Faz como eu, não dou audiência pra essa gente." Essa gente que eu falo é o pessoal atrelado ao Meu Cantinho e a secação que fazem ao Avaí, ao que parece já chegando ao nível do deboche e da raivinha.


É claro que não ouço esse grupo almejando surpreender ali grandes tiradas originais do labor jornalístico, mesmo porque, eles, por espontânea vontade, parecem preferir ater-se ao trivial feijão com arroz da profissão, marcando ponto no dirigismo da opinião e na parcialidade de seus posicionamentos, estimulados gastronomicamente com quitutes de festejada casa de refeições, como é de público conhecimento. Ocorre, que não podemos ir diariamente à Ressacada saber das novidades e como a mídia esportiva é o leva e trás das novidades do nosso futebol, o veículo da informação, muito por isso dou-lhes ouvidos.


Como já disse em outras vezes, acho também interessante contradizê-los, opôr-lhes as coisas do Avaí, haja vista que apreciadores de tenra idade do futebol podem ser levados a decidirem-se pelo rival, seduzidos pelo discurso ensaboado dessa gente.


Não fui conferir, mas um amigo apontou-me uma certa coincidência, de que o período dos doze jogos invictos do Leão coincidiu com o tempo em que os jogadores negaram-se a dar entrevista aos homens da imprensa. Essa recusa sim, faz efeito, como mostrou-lhes o treinador Paquetá, quando treinou o Avaí. Quem sabe os jogadores encontraram aí, por tabela, uma causa nobre pra arrastar decisivamente a bunda na grama e disso resultou aquela dúzia de bons e importantes resultados.


Eu disse acima, que a secação praticada por essas pessoas vai chegando ao nível do deboche e da raivinha. Pois ontem, o programa da mesa bicuda ocupou 50 dos 60 minutos de sua duração a falar do time do Estreito, das novidades, das perspectivas, eleição, jogadores que ficarão, os que sairão, etc, todos muito bem informados, todos sabendo das coisas do Estreito. Secundariamente e de passagem uns toques em Chapecoense, Joinville e Criciúma.


Ás 13,50 horas, Vasel chamou os comerciais, dizendo que "a seguir falaremos do Avaí". Mas gastaram os dez minutos finais, que seriam do Leão, apenas jogando conversa fora, falando acintosamente de questões sociais, da importância da polícia e seus comandantes, do time da CBN que teve um pênalti roubado no último jogo e nos segundos finais o do sapato branco perguntou se dava tempo de dar uma informação sobre o Avaí. Ninguém disse que sim, nem que não, o desinteresse era geral e o pequeno informou de afogadilho que o Avaí está interessado em Léo Gamalho, coisa que o torcedor está careca de saber. É pois, o deboche acintoso, a raivinha, o mau jornalismo, a tentativa de diminuir a importância do Clube, coisa diante do qual o Avaí não deveria ficar inerte.


Felizmente o Leão é muito grande e dá respostas dentro de campo, como deve ser, faz "côsas" tão enormes e surpreendentes, como essa de sábado último, que lhes ficam entaladas nas gargantas.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. A charge acima é do nosso saudoso amigo Mausé.