A PAZ DO MENINO, by Roberto Costa
Não foi um jogo técnico, foi jogado à base de muito coração e muito preparo físico de ambas as partes. O narrador vaticinou: o time que fizer um gol vence o jogo e assim foi. O vaticínio não era tão difícil, haja vista o grande equilíbrio demonstrado em campo.
Achei surpreendente o desempenho da nossa defesa, seja nas bolas rasteiras, seja especialmente ganhando todas nas bolas altas, fator realçado pelos narradores do jogo.
O gol único da partida pode ter sido em razão de alguma sacada do treinador do Atlético Mineiro, o moleque de 17 anos, de aparência frágil, entrou para jogar no meio, à frente de nossa área e por ali entrou livre, a cobertura fracassou e o derradeiro zagueiro a dar-lhe combate parece que temeu a expulsão, optando por não cometer a falta. Foi talvez o lance de maior qualidade técnica do jogo, tendo o jovem atacante demonstrado a paz e a categoria dos grandes artilheiros, não se afobou, como a maioria na hora decisiva, e macia e conscientemente encaminhou a bola para as redes.
É bem verdade que, apesar do visível equilíbrio, o jogo não deixou de ser injusto para o Leão, tendo em vista os dois lances de gol do primeiro tempo, sendo que num deles o Vinicius Baiano cabeceou muito mal, a bola que lhe chegou perfeita ganhou altura e nada mais. Depois, no segundo tempo, mais dois lances onde nosso gol poderia ter acontecido. No segundo deles, o cabeceio tinha endereço certo, mas brilhou o goleiro adversário. De parte do Atlético, nenhum lance de gol se observou, além daquele que foi aproveitado.
Vi muito empenho, muita raça, muita bravura, vi um time muito bem postado em campo e um incontestável preparo físico, mas senti que algo faltou. Faltou alguém com a paz do menino adversário, que na hora crítica e decisiva livrou-se do marcador, botou a bola no chão e seguiu consciente, sem afobação, sabendo onde estavam os paus da goleira, sabendo como deveria livrar-se do goleiro e como bater carinhosamente na bola, para fazer a diferença. Aquele moleque de dezessete anos, infelizmente para nós, fez a diferença. (1)
Roberto Costa
(1) - Do que vi no jogo de ontem, o jogador Rômulo, pelo que apresentou entre os profissionais, deve ser mesmo o grande destaque do time.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Levi Bianco / Agência Estado
Achei surpreendente o desempenho da nossa defesa, seja nas bolas rasteiras, seja especialmente ganhando todas nas bolas altas, fator realçado pelos narradores do jogo.
O gol único da partida pode ter sido em razão de alguma sacada do treinador do Atlético Mineiro, o moleque de 17 anos, de aparência frágil, entrou para jogar no meio, à frente de nossa área e por ali entrou livre, a cobertura fracassou e o derradeiro zagueiro a dar-lhe combate parece que temeu a expulsão, optando por não cometer a falta. Foi talvez o lance de maior qualidade técnica do jogo, tendo o jovem atacante demonstrado a paz e a categoria dos grandes artilheiros, não se afobou, como a maioria na hora decisiva, e macia e conscientemente encaminhou a bola para as redes.
É bem verdade que, apesar do visível equilíbrio, o jogo não deixou de ser injusto para o Leão, tendo em vista os dois lances de gol do primeiro tempo, sendo que num deles o Vinicius Baiano cabeceou muito mal, a bola que lhe chegou perfeita ganhou altura e nada mais. Depois, no segundo tempo, mais dois lances onde nosso gol poderia ter acontecido. No segundo deles, o cabeceio tinha endereço certo, mas brilhou o goleiro adversário. De parte do Atlético, nenhum lance de gol se observou, além daquele que foi aproveitado.
Vi muito empenho, muita raça, muita bravura, vi um time muito bem postado em campo e um incontestável preparo físico, mas senti que algo faltou. Faltou alguém com a paz do menino adversário, que na hora crítica e decisiva livrou-se do marcador, botou a bola no chão e seguiu consciente, sem afobação, sabendo onde estavam os paus da goleira, sabendo como deveria livrar-se do goleiro e como bater carinhosamente na bola, para fazer a diferença. Aquele moleque de dezessete anos, infelizmente para nós, fez a diferença. (1)
Roberto Costa
(1) - Do que vi no jogo de ontem, o jogador Rômulo, pelo que apresentou entre os profissionais, deve ser mesmo o grande destaque do time.

Vimos o mesmo jogo.
Nelson Andrade Fo.
Roberto Costa,assino embaixo tudo que você escreveu!!!Zé Beto.
Nelsinho,
Sim, vimos o mesmo jogo.
Zé Beto,
Assinamos juntos!
Eu vi uma defesa muito boa, com exceção do lateral esquerdo.
Acho que o Avai poderia ter ganho o jogo se, efetivamente, tivesse entrado em campo com esse objetivo.
No meu modo de ver, foi um time covarde, que jogou pra não perder e, já se sabe o que acontece nesses casos.
Não tinha meio de campo, era só chutao.. Com um pouquinho de inteligência e organização teriamos ganho o jogo.
Pra mim o técnico é muito fraco.
Note-se que mesmonassim ainda tivemos chances de marcar, quer dizer, faltou jogar com mais consciência, querendo vencer.
Byghal
Byghal,
Normalmente concordo com o amigo, mas creio que na análise da partida da Copinha, fecho com o "brother", visto que vi um Avaí mais ousado que o Galo...
Quanto ao técnico, tua opinião vai ao encontro de outro avaiano, o Ney Félix, irmão do ex-presidente, mas também não concordo com vocês.
Se o lateral esquerdo tivesse feito aquele gol de cabeça no final da partida, a análise certamente seria outra sobre o técnico, e talvez sobre o jogador, que foi muito mal.
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