segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ARREPIAR ERA PRECISO, by Roberto Costa

O Avaí já coleciona insucessos em Ibirama, não ganha uma. O jogo de hoje poderia ser ilustrado pelo tape de qualquer jogo anterior naquela cidade, pois o Leão sempre entra com a mesma postura e faz sempre o mesmo trágico jogo. Entra pra jogar futebol.

A preleção para jogo em Ibirama tem que inspirar combatividade, espírito guerreiro antes de qualquer coisa, principalmente à defesa. Pé de sabão não se cria, é preciso entrar em campo bufando e sobretudo dividir com o mesmo ímpeto deles. O Avaí nunca se tocou disso em Ibirama, e parece que Geninho também não, então a história sempre se repete e se repetiu. Desde muito antes de Geninho a FCF sabe dessa sina, e como sabe...

Não simpatizo com certos tipos de comparação, mas às vezes são inevitáveis: O time do Argel não tomaria aquele gol, a investida pela esquerda, junto à lateral da área não se completaria, alguém mataria a jogada.

Ronaldo Alves e Jeci praticaram um futebol angelical, de pouco resultado. O primeiro, na jogada do gol, ficou vendo o adversário partir em direção à área, ainda ao alcance de seu braço, e nada fez. O segundo parece que não estava no ponto para estrear. Poucos conseguem jogar bonitinho e com eficácia, coisa pra Luisinho ex-Atlético Mineiro e Seleção, e o nosso velho Veneza. Nossos moços da zaga precisam saber que tem horas e jogos, em que é preciso arrepiar, em Ibirama sempre.

Em Ibirama a estética fica em segundo plano, o toque de bola é perda de tempo, eles se fecham atrás, embolam o jogo, e as dimensões exíguas do gramado fazem o resto. O Avaí treina no vasto e perfeito gramado da Ressacada e não consegue reproduzir o que treina no apertado campo do Atlético. Nosso time fica tocando improdutivamente a bola na intermediária enquanto o tempo passa. Em Ibirama é preciso jogar feio, é feijão com arroz, é bola jogada na área esperando o erro da zaga, e chutes da intermediária.

Temos um treinador de primeira linha, de bela carreira, não tendo de provar mais nada a ninguém, mas paradoxalmente algumas coisas não fazem sentido. Eltinho não é mais o eficiente lateral de 2009, tem limitações físicas, mas vem sendo mantido. Enquanto, por outro lado, ainda ninguém conseguiu entender, desde o ano passado, por que Marrone, depois de ser por vários jogos considerado o melhor em campo jogando na lateral esquerda, tendo feito gols importantes, foi sacado e condenado a amargar o banco? E o garoto Phelipe Maia, cheio de gás, tendo feito belíssima partida contra o Criciúma, mostrando garra e aplicação, e teria sido importante hoje, por que Geninho não o manteve? Pelo jeito, pra quem quer ganhar ou manter a titularidade no Avaí o perigoso é jogar bem.

Em setenta por cento das bolas recebidas pelo Anderson Lopes ele foi jogado ao chão, não o deixaram jogar. Em duas oportunidades usaram até de violência, com agressão, e numa delas atingido nas costas e retirado de maca, o cartão não apareceu, aliás, nem a falta o Heber assinalou. Não basta ser FIFA, tem de atuar como tal.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Daniel Santos

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