A VIRADA DA GENTE, by Alexandre C. Aguiar
Tenho observado que a torcida do Avaí
está abandonando o clube. Claro que a indignação é enorme e não tiro
essa razão. Mas se um clube não tiver torcida fiel e atuante, ele não
precisa existir ou terá que ser reinventado. Uma torcida deve estar
sempre presente, com pensamento positivo e motivada, mesmo nos momentos
mais terríveis.
Quando temos um pensamento positivo, não é
qualquer obstáculo que nos derruba. Isso não é nenhuma pregação
messiânica, mas uma forma de sempre pensarmos para frente, pois para
trás já bastam as nossas burradas e agruras. Sim, o pensamento positivo
funciona. Não nos moldes dos livros de auto-ajuda ou na ensebação de
psicólogos babões, a de que “semelhante atrai semelhante”, mas uma forma
de se buscar soluções para se resolver problemas em conjunto.
Mais uma vez digo que não tenho
inspiração para convocar torcedor, mas é importante que ele, a peça que
faz um clube existir, não o abandone agora. Não faço a convocação
chorosa e lamurienta. Não dá para fazer um apelo ao coração, que está
crivado das balas da inoperância administrativa e cuidados sem nexo de
uns ou de outros para com o atual elenco avaiano. Apenas digo que a hora
de ficar fora de área não é agora.
A fórmula para que o Avaí saia desta
pindaíba deplorável é a presença de sua torcida nos estádio, fiel e
festiva, admirável e admirada por todos. É disso que o Avaí precisa. E
pensando positivamente junto. Apenas isso! Não existe nada de mágico,
salvador ou alucinante em uma torcida pensar positivo.
Alguns amigos têm me perguntado se tenho
conhecimento do que está ocorrendo lá dentro. Claro que sei. Sei de cabo
a rabo o que estão fazendo. Mas não sairei a jogar mais porcarias no
ventilador, a enfiar o dedo na pustema aberta para posar de
sabe-tudo. Diferente daquela turma que vive a comer pizzas e beber a sua
cerveja choca num famoso boteco da cidade, não atuo como parte de uma corja de oportunistas, que vive a esgarçar as feridas do clube e a dizer que deve ficar pior para provar que estavam certos. Este jogo eu não jogo.
Ocorre que, apesar dos pesares, se ainda
temos algum valor, que o façamos acontecer nas arquibancadas. Se somos
meros porras-loucas que torcem, vibram e se emocionam, e se ainda temos
algum sentimento pelo futebol, que o façamos bem e da melhor maneira que
todo avaiano sabe fazer. Ou então que cada um, a partir de agora, fique
em casa assistindo aos BBBs poluídos de mediocridade. Ou continue a
tomar a sua cerveja quente e posando de doido pra parecer alegre.
Tamo junto.
Bora pra Ressacada!
Beto
Beto,
Depois dessa reunião de hoje do CD, fica ainda mais difícil...
Quando eu falo que no Avaí tudo acaba em pizza. Não consigo escrever mais nada tamanha indignação.
Pablo Antony,
A pizza de ontem ainda não acabou...
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