O GRANDE NERVO EXPOSTO, by Roberto Costa
Vou tocar uma vez mais, e de forma mais completa, num nervo exposto
dentro do Avaí, talvez o maior e mais exposto, e que pode ser o
responsável, quem sabe, por toda essa displicência dentro de campo.
O
caso do jogador Eltinho é um engasgo sem tamanho, que acomete cada um
dos torcedores do Leão. Não há como a gente engolir, e olha que nós
torcedores não disputamos posição no time com Eltinho, nem competimos
com ele em nível salarial. Aliás, li em outro blog que seu salário
atinge quase o teto do Clube, e com garantia de dois anos, como se sabe.
Se
é difícil de engolir, para nós que estamos fora do contexto
profissional dos atletas, imaginemos o que esse protecionismo pode
representar para quem está dentro do grupo. Para quem viu Eltinho não
corresponder e ser premiado, para quem viu Marrone superá-lo e ser
preterido. Não podemos exigir dos atletas que tenham sangue de barata,
que respeitem a camisa do Clube a ponto de passarem por cima dessa falta
de raciocínio lógico e de tanta insensibilidade.
Grande
parte dessa culpa cabe também ao Geninho, que curvou-se a essa pressão e
quem sabe a quantas mais. Por isso, é evidente, que não conquistou o
grupo, que nunca o teve realmente na mão. Ouvi dizer numa das rádios,
que em Palhoça, quando tombou e feriu a perna, nenhum dos atletas
dignou-se a erguê-lo do chão e isso tem significado.
Será que o Conselho Deliberativo acha que os jogadores vão botar o pé em dividida? Que vão ralar a bunda na grama diante disso? Aliás, no clássico, por questão de honra talvez, eles mostraram que podem fazer alguma diferença.
Nesse
contexto todo, que fazem na Ressacada Niltão, Chico Lins, Arini,
Battistotti, homens que devem pensar o Clube, mas que não conseguem se
tocar dessas burrices? É interessante que essas questões sejam
resolvidas com a chegada do novo treinador.
Em futebol é necessário ter sensibilidade e entender de gente, também.

Não é apenas isso, mas também é isso. Tem dois caras que podem jogar os podres pra fora, porque a coisa não vem de agora. Hemerson Maria e Rondinelli. Mas eles não confessam nem sob tortura.
Aguiar,
Concordo que não é apenas isso, mas deixou marcar profundas na diretoria, principalmente no presidente Nilton Machado.
Quanto ao HM e Julio Rondinelli, acrescenta o nome do Ênio Gomes, que colocou panos quentes...
Acho que a situação em que se encontra o Avai, atualmente, não é de solução simples, não basta mandar um recado pelo contínuo, como não bastará, apenas, a contratação de um novo técnico ou cortar o cafezinho.
Talvez essas providências citadas até tragam, momentaneamente, alguma melhora, a partir de algum impacto lastreado na novidade, porém, ainda teremos comprometido o futuro, porque continuaremos alicerçados no nada.
Como já escrevi outra vez, é preciso repensar o clube, é preciso definir com muita clareza quem manda e quem deve obedecer.
É preciso ter bem claro os objetivos do clube e, logicamente, é preciso criar as condições para alcançar os objetivos traçados, humanas e materiais.
É preciso fazer com que todos os envolvidos trabalhem para o clube e, não contra ele.
É preciso estar no clube, viver o clube, é preciso a mão de ferro, usada com inteligência e com firmeza, sempre na busca das soluções e manutenção do clube no caminho do sucesso.
É preciso que se tirem aqueles que não querem ou não conseguem, por qualquer motivo, mostrar um mínimo de competência no cumprimento de suas obrigações contratuais, dentro e fora de campo.
É preciso um presidente que tome pra si a responsabilidade sobre o clube, sim, mas de forma efetiva, não apenas como retórica ensaiada para algumas entrevistas.
Ação é a palavra da hora.
Claro que estamos sendo traídos, o problema é que pelo andar da carruagem, vamos, apenas, tirar o sofá da sala.
Continuaremos aguardando e fazendo a nossa parte (mesmo pequena), para que esse nosso quase século não seja jogado no lixo.
Byghal.
Byghal,
Estás absolutamente certo!
Vai virar postagem.
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