A GANGORRA DA BOLA, by Alexandre C. Aguiar
Eu não sou de usar fórmulas matemáticas para definir um jeito de jogar de um time de futebol. Elas até existem, mas muitos não sabem analisar e outros jogam no ar para posar de entendidos. Muito menos gosto de nomear ou colocar grifes num elenco. Já disse, incansáveis vezes, que time bom é o que ganha e time ruim é o que perde. É óbvio? Não, não é. Não existe nada mais certo no futebol do que isso e a quantidade de especialistas, pagos ou não, para dizer que este time que ganha tem qualidade e aquele que perde é composto por perebas, só perdem tempo.
O futebol é um jogo que traz, de carreta bi-train agarrada nas costas, tudo o que isso, a palavra JOGO, significa. Desde o acaso até fatores extracampo, tudo colabora para que um resultado no jogo de futebol aconteça.
Existe lógica no futebol? O time mais bem ranqueado, o de melhor campanha, aquele para o qual todas as apostas lhe garantam um êxito inegável vai ganhar sempre? Não. Todos nós, que acompanhamos futebol há anos, sabemos que não. O fator “caixinha de surpresas” é mais certo neste esporte que banana dar em cacho ou o sol nascer ao amanhecer. Assim, não existe time que perde de véspera por ser o pior da competição e nem o mais bem cotado entrar em campo e já somar vários gols sem nem mesmo o árbitro apitar o começo da peleja.
E junto a isso vem a bipolaridade. A diferença de humores. A gangorra de quando ganha é bom, quando perde é ruim.
Li por aí que o time do Avaí até que não é tão ruim assim, ora, veja só. Foi dito por especialistas de araque que os laterais fazem uma passagem interessante, os volantes cobrem a subida deles, os meias conseguem armar boas jogadas e os atacantes finalizam com eficiência. Tudo isso por causa de dois bons resultados e uma goleada. A gangorra, ela de novo.
O time que até agora era uma naba consolidada, o grupo a ser batido pelas velhinhas mancas do asilo, a barca de Caronte que havia encalhado e não levado para longe as almas que nos faziam sofrer, até que tem um jeito interessante de jogar. Já há até quem queira Eduardo Neto fazendo a marcação ali, na frente da zaga. Pablo até que tem um bom toque de bola, do meio pra frente. Anderson Lopes é o sujeito que abre defesas. Sim, Vagner tem as suas qualidades. Ou seja, viu-se virtudes onde até agora a nulidade se fazia presente.
E então Gilson Kleina é um gênio que viu nestas belezuras um time? Geninho é um faz-de-conta do mundo do futebol? Nem uma coisa e nem outra. Até porque, basta o GK não contratar algum jogador das viúvas para ser execrado na próxima esquina, mesmo que ganhe a série A do brasileiro. sim, porque também tem aqueles que teimam, mas não arredam.
Como eu não emprenho pelos ouvidos vou esperar acabar, mas continuarei a apoiar o time do Sul da Ilha, em qualquer circunstância. Não sou bipolar.
Ah, a propósito, teve jogador aí, após a vitória contra o Guarani, que só faltou pendurar uma melancia no pescoço para aparecer. Diz que é o camisa 10 imprescindível. E ele acredita nisso, junto com uma meia dúzia de tolos. Bom, esse sujeito vai parar de jogar e não vai aprender que futebol é jogado no campo. Nas palavras quem jogam são os poetas. E os seus defensores? Aí nem a natureza ajuda.
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