INFLAÇÃO DE BOBAGENS, by Alexandre C. Aguiar
As bobagens ditas pelo colunista da
Rede de Sonegadores e repetida nas redes sociais, e também por blogs de
quem têm diarreia mental, tentou criar um clima ruim dentro da Ressacada
nesta semana. Evidentemente que muitos interesses afloram. Há os
interesses de quem tem que dar satisfação a patrocinador (principalmente
se for um time de futebol, e adversário), há os interesses de
defensores de jogador (mas não do clube), e há os bocós que adoram
apagar fogo com gasolina. Ou maria-vai-com-as-outras, sei lá.
O fato é que o mundo do futebol é
sórdido. Disso ninguém duvida. Time que ganha é levado nas costas como
princesa no deserto e time que perde é chutado mais que bêbado em
velório. No meio disso sobram os que, efetivamente, pensam somente e
apenas no clube, chateados pela forma como as coisas são conduzidas,
tanto pela diretoria como por estes ruminantes ao redor.
Estamos falando do Avaí Futebol Clube,
uma entidade do mundo do futebol com uma enorme tradição e importância
em nosso quintal, mas que para o cenário nacional tem que remar com
remos de chumbo, e para o cenário internacional é um grão de areia no
deserto do Saara.
Se em clubes como Flamengo ou
Corinthians, uma crise abala por uma semana o bem-estar da instituição,
corrigida facilmente com vitórias em campo e com um ou dois campeonatos
(ou ainda com premiações da Rede Globo), em outros como o Avaí um
espirro mal dado pode comprometer anos de trabalho e dedicação. A coisa é
muito séria. Estamos ainda buscando nosso lugar ao sol andando de
guarda-chuvas e com o céu nebuloso. E, ainda assim, aqueles que se dizem
mais próximos adoram meter a faca para fazer a ferida sangrar mais
ainda. Se o paciente pode morrer de câncer, eles oferecem um coquetel de
sangue contaminado com vírus HIV.
Não que o Avaí não corra o risco de escorregar com o piso molhado, mas precisa esticar uma corda para ele tropeçar?
Claro que um empresário que ofereça o seu
cartel de jogadores ao clube deseja que seus atletas pisem os gramados
toda rodada. Isso é assim desde que Moisés subiu a montanha com seu
cajado (alô, Assis). Natural e normal. Mas é muito diferente de se
afirmar que ele obriga
o treinador a colocar X ou Y em campo. Gente como Kleina, Geninho e
assemelhados não permitiriam isso, pode ficar certo, leitor.
Entretanto, como sempre digo, se quiser
ajudar, construa uma rede de otimismo. Vá a campo e incentive o time.
Apoie o que puder. Mas, se não, pelos menos não atrapalhe, porque a
coisa não é tão fácil pra ficarmos levantando toupeiradas e sandices.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC







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