VITÓRIA GOSTOSA, by Roberto Costa

Foi uma vitória importante, sobre um adversário do campeonato de cima, ou seja, três pontos além daqueles teoricamente programados. Foi uma vitória estratégica, pois trouxe oxigênio pra safar um momento de sufoco. Foi uma vitória capaz de alavancar um crescimento, haja vista o histórico e a camisa do adversário.

Que bom que Léo Gamalho mostrou serviço uma vez mais, fazendo dois gols e marcando presença em várias outras situações agudas dentro da área adversária. Importante que Camacho nos tenha brindado de novo com um desempenho de gala e que a atuação do goleiro Vágner tenha sido sóbria, segura, sem a afobação e o nervosismo das suas últimas intervenções. 

Que bom que o garoto Lucas Lovat tenha saído vencedor em seu jogo de estréia no time titular. Que bom que vimos garra, muita garra, e vontade de vencer. Parabéns a todo o time e ao Kleina, que soube ler o jogo e fechar a avenida que o adversário usava perigosamente pelas costas de Nino Paraíba.

Que bom que tenhamos vencido o novo time do Argel, mantendo a escrita de nunca termos perdido pra ele na Ressacada. Que bom, que gostoso que ele tenha saído do jogo a reclamar de um pênalti claro. Sim, claro, admito, não apitado a seu favor. E se digo que bom e que gostoso, é porque Argel deve ter-se deliciado com o pênalti claro que não nos deram no clássico do primeiro turno. 

Sim, foi uma vitória gostosa, de recuperação, mas não devemos achar que tudo entrou nos eixos e que todos os problemas a partir de ontem estejam resolvidos. Muito pelo contrário, pois houve momentos bisonhos em que nossa defesa bateu cabeça, em que a ansiedade quase deixou tudo a perder. Enfim, as limitações persistem, e as contusões são frequentes. É evidente que os reforços que vínhamos cobrando para a zaga e para o gol ainda se fazem necessários; melhor, são indispensáveis e urgentes. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC