VAMO QUE VAMO, by Roberto Costa

Terceira vitória seguida de um time que mostra ter encaixado, em hora oportuna, além do futebol o seu estado de espírito. O clima parece muito bom.

O Avaí do momento é um time de guerreiros que deixa transparecer em cada jogada, em cada chute na bola o seu objetivo definido: a permanência na primeira linha do futebol brasileiro. Basta vermos o quanto é espontânea, natural e efusiva a comemoração dos jogadores em cada gol conquistado. Temos atualmente um grupo coeso e parece que de bem com o treinador.

É verdade que enfrentamos uma equipe que poupou alguns de seus principais valores, mas acredito que ainda que o adversário jogasse completo, nada garantiria que saísse vencedor, tal o espírito de luta e a determinação dos atletas azurras. O São Paulo, como se sabe, com seu time completo não conseguiu vencer a Chapecoense, ora em crise, em seus domínios.

Dentro de campo Marquinhos mostrou o seu futebol, o seu valor e experiência. Cavou a falta a caráter para sua própria cobrança, colocando a bola totalmente fora do alcance do goleiro. Vagner, ainda que pudesse ter evitado o gol do São Paulo, fez defesas importantes, recebeu aplausos da galera, esteve muito atento. Gamalho não obteve deixar sua marca de artilheiro, mas mostrou uma vez mais sua importância na dinâmica das jogadas de ataque. Adriano muito bem no jogo, e o mesmo se diga de Rudnei enquanto esteve em campo. Everton Silva estrategicamente bem. Anderson Lopes entrou aos quinze do segundo tempo e foi decisivo uma vez mais. Mas o meu destaque fica por conta de Romário, que jogou uma partida em altíssima intensidade, praticamente não errando em nenhum lance. A rigor ninguém jogou mal.

Enfim, uma vitória importante, chegada em momento estratégico e que se amplia em importância pelo fato de ter sido obtida contra equipe do campeonato de cima. Mantidos esse espírito de luta e essa pegada, temos chances de emplacarmos a permanência ao fim do campeonato. Vamo que vamo.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC