O JOGO QUE CABE SER JOGADO, by Roberto Costa
Chegamos à fase crítica do campeonato, às cinco derradeiras rodadas, à reta final. Segundo as más línguas, é quando os homens da mala fazem as malas e reservam suas passagens para viagens. É tempo de conchavos, de comércio de favores, de conversas ao pé do ouvido, e de celular para celular. Eu não acredito, mas que dizem, dizem, diria dona Bilica.
Não vou fazer coro com os tansos que explicam essas coisas colocando em cheque a imagem do brasileiro. Não; deixemos de lado esse complexo de inferioridade. A safadeza não é atributo nosso, a safadeza não tem pátria, é universal. Os grandões da FIFA, que por obrigação deveriam dar o exemplo, foram desmascarados, alguns já respondendo a processo, toda uma estrutura que se desmantela.
Além dos chefões da FIFA, no segundo escalão o francês Platini parece que meteu a mão no baleiro e um alemão, quem diria, que esnobou o Brasil por conta dos atrasos nas construção dos estádios para a Copa, também. As próprias escolhas dos países para sede das Copas revelaram-se eleições fraudulentas, vergonhosas encenações, dinheiro rolando por baixo do pano. Enfim, futebol não é, definitivamente, atividade séria.
Visto de cima, o panorama tem essa cor marrom. É claro que não vamos esperar algo diferente em nível de administração do futebol pelas confederações. É evidente que o homem da mala não é uma figura folclórica, existe de fato, há provas robustas, como estamos carecas de saber e é difícil de flagrar. Além dele, existem também os vínculos de amizade, as paixões, e tudo isso isso faz parte do caldo quente da competição, espécie de regra à margem das regras.
Infelizmente, esse é o jogo em toda a sua dimensão, o jogo que não é só da bola e que cabe ser jogado, quer queiramos, quer não. Quanto a nós, torcedores, façamo-nos de bobos, para tragarmos no domingo, como se fosse pura, esta cachaça viciante que é o futebol,
Carlos Avaiano
É que no começo era um tédio.
Domingos sem tv.
Sem competiçào.
Ai alguém teve uma grande, magnífica, idéia, e inventaram o futebol de campo.
Então, os domingos passaram a ser um dia diferente.
Estava criado o dia da confraternização entre cidades e o mundo.
Só que apareceu o atravessador, e com ele veio olho grande, e viu que poderia tirar proveitos(lucros).
É hoje temos os empresários com seus pupilos e salários milionários, e surgiu também o homem (mala)
Carlos Avaino,
Lembro de uma época em que meu pai me levava até o Abrigo de Menores, na Agronômica, aos domingos pela manhã, para assistir aos jogos dos amadores. Na volta, de ônibus, pela Viação Taner, passávamos em frente ao Adolfo Konder, e se tivesse bandeira hasteada no mastro, haveria joga à tarde, e certamente voltaríamos, a pé, para acompanhar...
Bons tempos!
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