Os sinais indigestos do torcedor, by Alexandre C. Aguiar
E diante de um rival encardido? Sabe, por curiosidade, qual a razão de festejarmos um clássico? E nos preocuparmos?
Isso é humano e é perfeitamente natural sentir tal coisa. E é um sentimento que todos temos, a vaidade.
O que nos ensinam, as práticas diárias, é que somos vaidosos.
Sim, gostamos de aparecer, de nos sentirmos vistos, observados, paparicados e comentados. Temos o desejo de atrair a admiração dos outros.
E nada melhor quando ela aparece diante de um contrário. Queremos fazer bonito. Queremos mostrar nossa força, nossa capacidade. Vamos correndo aos jornais ou ligamos as rádios para ouvir o que comentam sobre a gente. No dia seguinte, a TV fica ligada horas a fio para observarmos o que se passou naquele jogo. Mesmo desdenhando, com razão, da mídia.
Pois é, isso tudo é fruto da vaidade, se não sabias.
A vaidade seria a explicação para a atitude de um torcedor se frustrar e se envergonhar quando o time passa por uma fase ruim. Não é apenas por causa da paixão. É natural o torcedor sempre desejar o melhor, sempre querer ganhar, sempre estar à frente disputando títulos e comemorando conquistas. E o faz exultar, até debochar da vida, quando as coisas vão bem. Porque isso lhe faz bem ao ego.
O problema é quando não se entende que a fase ruim faz parte do mesmo grupo emocional das fases boas. E se costuma ampliar as ruins porque elas machucam o ego, mexem com a nossa vaidade.
Rapidamente, surgem as conversas de botequim de que os problemas nunca acabam e as teorias de conspiração simplórias pulam de boca em boca montando um clima negativo. E a vaidade toma ares de soberba, sua pior face, municiada por quem costuma apostar no pior pra fazer valer suas teses frouxas.
Eu vejo que o ano de 2016 para o Avaí será péssimo. Daqueles para amargar decepções. A vontade de largar tudo é enorme. Todavia, eu percebo que o medo de fazer feio não pode alimentar a ansiedade de que tudo se resolva aos atropelos.
Um passo atrás é a esperança de dois à frente. Terá que ser assim.
Afinal, isso é apenas futebol.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra
Parabéns pelo texto Aguiar!
Assino contigo!
Carlos Avaiano
Aguiar esta tua pergunta sobre o medo, já foi respondida e confirmada aqui mesmo neste blog, quando todo início de temporada, tem a reclamação sobre a formação da tabela. Isto pra mim se caracteriza como (medo) e sempre coloquei que time bem montado com qualidade, não precisa temer ou escolher adversário, podem analisar, em qualquer campeonato, o campeão ou os primeiros colocados na tabela, são os que vencem quase todas em casa e não perdem fora,o resto é xororo.
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