domingo, 25 de setembro de 2016

DOIS ANOS DE IMPUNIDADE

Até pela noite anterior, quando o Avaí venceu o Joinville na Arena no Norte do Estado, o sábado acabou todo dedicado aos comentários sobre o jogo, a entrada do Leão no cobiçado G4, além de algumas projeções sobre o restante da rodada, que aconteceu ontem.

No entanto, este sábado, 24 de setembro de 2016, marcou também uma lamentável e triste estatística: dois anos da morte do avaiano João Augusto Grah, que voltava de Curitiba, onde foi torcer pelo Avaí num confronto com o Paraná.

O mais absurdo na morte do avaiano João Grah, é que ela aconteceu numa emboscada em Balneário Camboriú, muitos quilômetros distante do local da partida. Naquela oportunidade, pelo vídeo liberado pela Autopista Litoral Sul, a situação em que ocorreu a morte é bastante clara: dois carros param sobre o viaduto e saem mais de 10 pessoas, que atiram as pedras no micro-ônibus com torcedores do Avaí, e em seguida retornam aos seus carros em vão em direção ao bairro da Barra, em Balneário, ou voltaram para a BR 101, sentido Norte.

Já se sabe, João Grah foi mais uma vítima da violência que dominam as torcidas organizadas de clubes de futebol. Um detalhe: ele não tinha nada com nenhuma delas, e a tal "rivalidade" deu-se com torcedores do Marcílio Dias, sem série, sem futebol e com alguns bandidos que se intitulam "torcedores"...

Na medida em que esse tipo de ação criminosa acontece, as pessoas vão se acostumando a assistir aos jogo do conforto de seus lares, através do PPV, deixando a praça de esportes, que é lugar de confraternização. Simples assim. 

Ocorre que se continuarmos permitindo que esses bárbaros dominem nosso espaço, aqueles que gostariam de acompanhar seus clubes por esse mundo afora estarão sendo tolhidos em seu direito de ir e vir. 

Não quero saber se esses criminosos são dessa ou daquela torcida organizada. Torço é para que os fatos sejam apurados e que os sejam punidos com os rigores da lei. Porém, passados dois anos, como salientou meu amigo Adriano José Assis na época dos, esse crime vai acabar apenas fazendo parte das estatísticas.

Uma vergonha para enrubescer aqueles que deveriam fazer cumprir a lei, se é que me entendem...

2 Comentários:

Guilherme P. Flemming disse...

Aí acham que proibir a cerveja vai amenizar a violência nos estádios...

André Tarnowsky Filho disse...

Flemming,,

É verdade!
Esse pessoal de terno e gravata não conhecem a realidade do mundo, e por tabela, prejudicam os torcedores e o clube...

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