O MICO DE SANDRO MEIRA RICCI, by Roberto Costa
Há duas cachaças cultuadas pelo brasileiro, a cachaça propriamente dita,
destilada da cana de açúcar. Esta, (olhei no Google) cientificamente
apelidada de Saccharum Officinarum, para os que gostam das coisas
bem explicadinhas, e há o futebol. São dois vícios que se tornam
indispensáveis depois que nos habituamos e como vícios, difíceis de
largar.
A primeira, só dá alegria, dizem os adeptos, é
claro, desde que consumida socialmente, sem os condenáveis exageros. A
segunda, o futebol, é complicada em seus efeitos, muito instável, tanto
pode alegrar, como deprimir, independentemente da quantidade consumida.
Da
primeira, não sou adepto, não me dizem muito os destilados, mas da
segunda "tornei-me um ébrio" como noventa por cento dos brasileiros.
O
futebol, vem conquistando dia após dia o mundo inteiro, porque é, entre
todos, sem dúvidas, o mais apaixonante esporte. Mas, assim como as
bebidas são passíveis de atentados à sua qualidade, o futebol também
não escapa desse mal. Então ficamos sujeitos muitas vezes à incômodas
ressacas, após cada noventa minutos de consumo.
Esta
manhã acordei enjoado, o fígado reclamando. É que ontem assisti ao
Fla-Flu e engoli mal aquela atitude do árbitro Sandro Meira Ricci, de
forma grosseira esnobando o seu assistente, a pessoa no jogo que, por
sua posição estratégica, melhor que ele tinha condições de avaliar a
licitude do lance, que seria o gol de empate do Fluminense. Lance
difícil, que o assistente assinalou com milimétrica exatidão. Sandro
"pagou um mico" sem tamanho por essa estranha atitude, tendo que voltar
atrás em sua decisão, diante de um estádio repleto e do grande público
brasileiro, que consumia a cachaça pelas telinhas dos televisores.








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