POR UMA VITÓRIA, by Roberto Costa
Confesso que eu temia por esse jogo, achava o Náutico um time aguerrido,
perigoso, e que realmente iniciou mais aceso, mas se analisarmos as
partidas todas do Avaí, sob comando do Claudinei, veremos que os vários
adversários predominaram nos minutos iniciais.
Meu
amigo Maurício Ferreira de Melo, do Bar Chapecó e das Budweiser, fez
uma comparação interessante. Diz ele que vê em Fábio Sanches, Betão e
Capa uma réplica, respectivamente, de Veneza, Maneca e Orivaldo, sendo
Betão, segundo ele, um Maneca melhorado. Concordo com ele, mas faço um
pequeno reparo, que o ótimo zagueiro Fábio Sanches consegue a eficácia
de Veneza, mas não reproduz sua elegância natural, sua leveza técnica,
sua arte de jogar só na bola. O lendário Veneza jogava de salto alto e
isto não é uma crítica, é um elogio ao seu futebol de gala. Comparável a
Veneza, só vi o zagueiro Luizinho, do Galo Mineiro e da Seleção.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC
Claudinei
é precavido, seu time começa se resguardando, vai estudando o
adversário, dando-lhe sensação de domínio, para depois lançar-se à luta
verdadeira. Não foi diferente contra o Náutico, aos poucos o Leão
começou a mandar no jogo.
O árbitro começou
assustando os treze mil e tantos torcedores Avaianos, apitando faltas
grosseiramente cavadas perto de nossa área, em favor do Náutico. Jogador
dobrava a perna, caía ao chão e ganhava o tiro livre. Numa delas Renan
fez sua única grande defesa em todo o jogo, espalmando a bola numa
cobrança violenta, a qual ofereceu-se a um atacante adversário, que não
soube controlá-la, deixando-a fugir pela linha de fundo.
O
Náutico era ainda melhor, quando Rômulo, conduzindo a bola na posição
de meia esquerda, recebeu carga forte de um adversário, a três palmos da
linha da área. Segundo os rapazes da TV, Rômulo não chegou a ser
tocado. A falta foi apitada, e Marquinhos cobrou, com um toque sutil
embaixo da bola, fazendo-a encaixar no canto superior direito, no
ângulo, do gol adversário, sem chances de defesa para o goleiro. Com a
vantagem no marcador, o Avaí intensificou sua dinâmica, exercendo
marcação firme sobre os jogadores adversários.
As características do jogo se mantiveram. As investidas
do Náutico morriam todas no embate contra a defesa bem postada do Leão.
Então, atacando pela esquerda, o jogador Rômulo livrou-se de um
adversário, invadiu a área e, na hora do chute, teve seu pé travado por
um defensor adversário. Incontinente o árbitro apontou a marca do cal.
Marquinhos cobrou, chutando forte, para marcar o segundo seu.
No segundo tempo, Givanildo,
treinador do Náutico, processou algumas alterações, tirando volantes e
colocando atacantes, mas nada de muito positivo resultou dessas
providências. Animado por sua torcida, o Avaí chegou ao seu terceiro
gol, de autoria de Rômulo, que escorou no meio da área cruzamento
perfeito de Renato, da linha de fundo.
Destaques
do Avaí, Marquinhos, com seu jogo sutil e bem na bola parada, fez
diferença. Alemão, jogou o seu futebol rústico, de sempre. A zaga, com
sua conhecida firmeza.Fábio Sanches, Betão e Capa deram seu firme
recado. Rômulo incansável, participou dos três lances de gol. Luan
também esteve muito bem.
Reforçam-se as perspectivas de obtenção do acesso. Matematicamente, mais uma vitória e a conquista se consolida.

Vendo com calma o gol do Marquinhos, de falta, vejo que a bola sofreu desvio na cabeça de um zagueiro da barreira, o que não tira a beleza do lance. - RC
Caso haja algum outro pênalti favorável ao Avaí nos dois últimos jogos, convém o Marquinhos mudar a forma de bater, porque tem muita gente observado esses detalhes. - RC
RC,
Sim, não tira mesmo, até porque foi apenas um raspão...
RC,
É verdade!
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