AGORA É PERMANECER, by Roberto Costa
Estamos encerrando um ano, que é de crise no País, e um ano futebolístico que está deixando uma marca trágica e indelével na história do futebol catarinense, brasileiro e mundial. Aos poucos, felizmente, prestadas todas as homenagens aos que se foram em definitivo, os sobreviventes do desastre se recuperam e a vida e o futebol também aos poucos vão recuperando a sua dinâmica normal.
Encerrada a derradeira rodada do Brasileiro da série A, a novidade foi a queda do Inter gaúcho, ainda virgem de série B, e que agora irá abrilhantar, com sua tradição e poderio, o campeonato da segunda divisão, em 2017. É claro que a torcida colorada não queria a queda já desenhada, e rezou e torceu muito pelo milagre. Agora é encarar o que vem por aí, para descobrir que a série B não é o fim do mundo, e que algum charme pode ser encontrado, com jeitinho, em jogar na remota Lucas do Rio Verde, por exemplo. E não pensem que seja moleza.
O nosso rival também não logrou (que palavra, hein?) manter-se na primeira divisão. Não houve reza brava que salvasse, tendo amargado a queda com duas rodada de antecedência. Tenho amigos de verdade que são adeptos do time do Estreito e sinto por eles, mas não posso negar que me conforta ver a crista caída de uma boa parcela de arrogantes.
Mas se o ano foi ruim para os gaúchos do Beira Rio e para os torcedores do time do Estreito, foi bom para o Avaí, que conseguiu o acesso, contrariando todos os prognósticos, todas as perspectivas. Jamais alguém poderia acreditar, ao final do primeiro turno da série B, que o time que patinava, que parecia já sentir as vertigens da queda, e que amargava o curto cobertor de suas finanças, pudesse crescer e ensejar aquela arrancada vitoriosa, em nível de campeão. Dizem que Joceli acreditava, mas Joceli tinha por obrigação acreditar.
Pois é, chegamos lá, e vem aí o Estadual, e precisamos brigar por título. Logo a seguir, a série A, onde teremos compromissos novamente às quartas, sábados e domingos.
A ordem agora é armar-se para permanecer, é manter a mesma lucidez, a mesma pegada, a mesma boa mão no trato das coisas, para fixar o Avaí na primeira divisão, lugar onde ele merece sempre ficar.
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