quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O FATOR MARQUINHOS, by Alexandre C. Aguiar

Um bando de velhas virgens e adolescentes babões, sem nada pra fazer na vida, ficou revoltadinho quando choveram críticas ao Marquinhos por haver perdido o pênalti contra o JEC. A alegação é de que não se reconhece o valor e a necessidade dele no time. Obviamente que se trata de uma desculpa tola e esfarrapada a respeito de um jogador e uma idolatria sem nexo, haja vista que ele mesmo, o Marcos Vicente dos Santos é bem grandinho para precisar de uma blindagem tão mequetrefe.
A crítica é efetuada no âmbito do jogo, na análise de uma partida ou de um campeonato. Se fosse assim tão normal ou natural se perder pênaltis, como se quer fazer entender (porque foi o Marquinhos quem perdeu, logicamente), então que se retire este item da regra e podem fazer faltas à vontade dentro da área. Os comentários sobre a perda do pênalti vão dos hilários aos ridículos.
É preciso deixar bem claro que as críticas são as de jogo. Custa alguém entender isso? Marquinhos Santos está praticamente com a carreira gloriosa encerrada, isto é fato. Jamais se fará ilações a respeito de sua vida pessoal. Curioso é que alguns destes alienados idólatras ofendiam o Zunino e toda a sua família sem dó, mostrando a quantidade de hipocrisia que corre em suas veias.
Marquinhos Santos já tem a sua história consagrada no Avaí Futebol Clube e isso ninguém tira. Na era da Ressacada apenas três jogadores fizeram olhos brilharem de emoção e alegria em seus jogos: Adilson Heleno, Evando e o próprio Marquinhos. É inegável sua importância na história do clube.
O Galego de Biguaçu foi dono de um dos passes mais precisos no futebol brasileiro, um fundamento precioso e que pode decidir jogos. Sua forma de bater na bola é ímpar e mereceu elogios por onde passou. Por isso, aprimorou cobranças de faltas com destreza e maestria e já fez gols antológicos por causa disso. Até hoje nós e os alvinegros não esquecemos daquele gol por cobertura no goleiro Neneca.
Além disso, Marquinhos Santos sabe organizar o jogo como ninguém, o que me leva a crer que tão logo pendure as chuteiras poderá, tranquilamente, desempenhar o papel de treinador na beira do gramado. Basta querer.
Também se pode elogiar a forma como defende o seu clube do coração, muitas vezes transbordando seu amor em palavras não tão corretas, mas por diversas vezes necessárias a quem nos tripudia. Não mede esforços, assim, em colocar o seu coração na ponta da chuteira.
Enfim, não há necessidade de se fazer protestos e passeatas a cada crítica feita a ele, porque ele não precisa provar nada pra ninguém. A forma como o protegem é infantil em sua essência e revela desequilíbrio emocional de seus adoradores. Seu nome está gravado nas entranhas do Avaí.
– Mas da próxima vez veja se bate aquele pênalti direito, né, mô nego, porque tu bates mal pra cacete!
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra. Foto acima: reprodução da TV

4 Comentários:

Roberto disse...

É por aí, Aguiar. E acrescento, se o Marquinhos quiser mesmo encarar a profissão de treinador, está com sorte, pois ao fim da carreira de atleta tem um professor de muita competência, o Claudinei Oliveira. - RC

Alexandre Carlos Aguiar disse...

É verdade. Honestamente, creio que seria um bom treinador.

André Tarnowsky Filho disse...

Aguiar,

Sim, ou até um dirigente ligado ao futebol. Ele sabe quem joga ou não...

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