segunda-feira, 6 de março de 2017

COERÊNCIA É MOEDA RARA NA RESSACADA, by Alexandre C. Aguiar

Eu sempre pautei a minha vida por coerência. Isso não significa que seja caga-regras, que viva apontando dedos para que os outros sigam meus preceitos. Cada um é cada um e que seja responsável por seus atos. No entanto, o que eu defendo são as minhas posturas, as quais, invariavelmente, seguem os caminhos da honestidade e da justiça, algo que aprendi dos meus pais e que exerço como conduta de vida. Me afasto dos canalhas, daquele tipo de gente que tem por conduta prejudicar os outros para se “dar bem”. Assim, me incomoda por demais quando alguém passa a defender algo que antes criticava. Ou que “vira de lado” porque alguma coisa ficou bem legalzinha.
E por ser a favor de justiça, durante muitos anos bati de frente a quem tripudiava contra o ex-presidente Zunino. Por conhecê-lo como conhecia não admitia que o ofendessem em sua integridade moral ou à sua família. Não eram críticas tão-somente, mas algo pessoal e bem infeliz. Gente da pior espécie, e que hoje faço questão de estar bem afastado, durante muito tempo, o jogou na vala comum, coisificando e ultrajando a sua história e a sua vida pessoal.
Todavia, fiz críticas durante muito tempo quando ele chamava para o seu lado a mídia que estimulava, ela própria, aquele mal-estar (eufemismo!) contra ele. Quem acompanhou o meu blog e me conhece pessoalmente sabe disso. Os verdadeiros amigos, e não bipolares de ocasião, sabiam da minha postura.
Quando a gestão do presidente Zunino acabou era preciso que alguém assumisse o seu projeto. Aliás, projeto vitorioso, mesmo quando as coisas ficaram bem difíceis, e nenhum imbecil mal-amado irá dizer ao contrário, que isso fique bem claro. Todavia, por diversos motivos ele teve que se afastar. O então vice entraria em seu lugar para uma continuação. Eu apostei nisso e não me arrependo. Ocorre que o vice era inepto para o cargo, bem mais do que se imaginava ou previa. As coisas foram dando erradas de tal forma que fomos sendo humilhados em nosso quintal como clube e como instituição. A mediocridade tomou conta da Ressacada. Ele teria que sair, de qualquer jeito.
Como prevê o estatuto, o vice teria que assumir. E assumiu. E fez coisas bem diferentes, reconhecidamente para melhor, do que quando era vice, se impondo e decidindo, mostrando que poderia ter sido capaz também quando era vice. E, para o bem da instituição, a sua condução das coisas na administração do clube foram tão efetivas, que mudou os humores na Ressacada. Ainda assim, manteve uma postura firme, de chamar para o seu lado apenas quem estava do lado do clube. Nada mais justo, ainda que minha pulga atrás da orelha coçasse acintosamente.
Mas, ao se ver o presidente ou seus aspones chamarem para o seu lado a mídia que não nos trata como clube, respeitando nossa história e nossas conquistas, mas nos ofertando ao mercado como segunda opção na praça do futebol da Capital, sou obrigado a dar razão ao que minha pulga dizia: todo maçon é igual.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra. Foto acima: Avaí FC

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