sábado, 4 de março de 2017

MAIS UM CAVALO ENCILHADO QUE PASSA, by Alexandre C. Aguiar

Após a derrota nos pênaltis para a Luverdense, em jogo pela Copa do Brasil, onde até aquele ao qual se dá o título de maior protagonista do time também perdeu a cobrança e não jogou absolutamente nada, vi torcedores avaianos se conformando com isso e admitindo que o futebol é assim mesmo e constituído por derrotas e vitórias.
Como assim? Quanta besteira. Tipo de torcedor desnecessário.
Sim, é claro, é evidente que o futebol possui três resultados possíveis, mas se conformar com a derrota é mediocrizar a nossa vida de clube de futebol. É relativizar demais uma história. É pensar pequeno. Esquecem que times de futebol vivem da competitividade e não são trupes de teatro infantil para apresentar peças piegas.
Convenhamos, admitir que é natural perder não nos dá o direito, por exemplo, de exigir patrocinadores fortes e nem cotas maiores de TV para nossos jogos. Ora, quem vai investir num projeto sem ambição? Quem vai colocar dinheiro num lugar onde o “tanto faz” reina absoluto e nada de braçadas? E as verdinhas desta fase da Copa do Brasil valiam mais de 600 contos. Como achar que isso é natural, num clube que vive à míngua sem dinheiro? Vou lamentar, sim, porque sou uma das poucas pessoas que conhece internamente essa realidade.
Vários cavalos encilhados já passaram pela história do Avaí Futebol Clube. E sequer domamos um para nos conduzir mais longe.  Claro que outros virão, pois a vida é cheia de ciclos, mas é preciso montar num e seguir para terras mais amplas daqui por diante. É imperativo que se tenha ambições maiores na Ressacada.
O atual presidente do clube, para o qual agora olhos bipolares se voltam para sua estampa ao considerá-lo o redentor das grandezas avaianas, teve suas horas e momentos de ambição. Foi inepto quando o amado era presidente e nos deixou numa humilhante condição, para depois assumir o cargo como a última bolacha do pacote. Fez por merecer, pois os resultados estão aí. Buscou seu espaço. É hora da própria instituição do Leão da Ilha fazer o mesmo e ocupar um espaço de importância no cenário do futebol nacional. E não apenas posar de bacaninha no cantinho do bairro, apenas “participando”.
Mas, a continuarmos numa zona de conforto onde uma vaga de Copa do Brasil é algo sem importância, ou que faça parte do esporte, continuaremos a ser fracos. É hora de pensar grande e largar a vida de golfinho do futebol, um ano sobe e no outro desce.
Se não, continuaremos a ter os 4 mil torcedores de jogos comuns frequentando o estádio da Ressacada e as cotas de TV podem ser igualadas àquelas que se paga para desenhos animados. Não precisa mais do que isso.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra

4 Comentários:

Carlos avaiano disse...

A chape não deixou passar os seus.

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