PERSISTIR NO ERRO É BURRICE, by Roberto Costa
Não podemos nos iludir, a perspectiva para o próximo jogo nos traz alguns receios. Vamos enfrentar o Botafogo no Rio. Assisti à vitória do Botafogo sobre a Chapecoense, em Chapecó. O Botafogo adota essa postura que me parece a mais efetiva nos dias de hoje, de jogar do mesmo jeito, tanto em casa como fora, do combate total, da ocupação de todos os espaços, do sufocamento dos adversários, e muita velocidade. Muito diferente da passividade manjada do Avaí, de oferecer o campo, de chamar o jogo pra cima de sua intermediária. Já ninguém cai nessa.
Para se ter uma ideia em números, do que faz o Botafogo, saibam que contabilizou impressionantes 51 desarmes no jogo, contra 18 da Chape, o que pode explicar a sua vitória.
Isso é uma das coisas que faltam ao Avaí, a gana de vencer, de combater, de ralar, de vender caro a posse da bola. É coisa que deve ser estimulada pelo treinador. Outra coisa é a questão das jogadas ensaiadas, quase todos os times apresentam criatividades nas bolas paradas, faltas laterais e escanteios. No Avaí os escanteios do Marquinhos são sempre iguais, fechados, em cima do goleiro, e não se viu resultado ainda.
Nosso jogo será na casa do adversário, contra um clube carioca, o que nos coloca, por conta do retrospecto, com um pé atrás a respeito de arbitragem. Os prejuízos que já contabilizamos, desde a voadora sobre o Júnior Dutra no jogo de estreia não foram poucos, o Avaí que acione suas antenas.
Acho que Claudinei poderia espelhar-se no Botafogo, adotar sua intensidade de jogo e também inovar, dar chance a outros jogadores e sair desse sistema inócuo e manjado, porque "persistir no erro é burrice", já diziam nossas avós.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC
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