sábado, 13 de janeiro de 2018

CATARINENSE 2018: CHAPECOENSE, by Rodrigo Santos

ASSOCIAÇÃO CHAPECOENSE DE FUTEBOL
Fundação: 10 de maio de 1973
Cores: Verde e Branco
Estádio: Arena Condá (Municipal)- 20.000 lugares
Presidente: Plínio de Nes Filho
Técnico: Gilson Kleina
Ranking "BdR" 2017: 1o. Lugar
Catarinense 2017: Campeão



O representante catarinense na Taça Libertadores da América teve um ano acima do esperado num período em que os olhos do mundo estavam sobre Chapecó. Além de levar o Estadual, teve uma reta final de temporada espetacular que o levou ao título simbólico de campeão do returno do Brasileirão e uma vaga na competição mais importante do continente pelo segundo ano seguido, algo inimaginável até pouco tempo atrás. Não foi um ano tranquilo. Com um calendário cheio, incluindo viagens ao exterior e todo o processo de montagem de um time do zero, o time conquistou o campeonato catarinense em uma final apertada contra o Avaí. O início da Série A foi irregular, e a diretoria errou a mão nas trocas de comissão técnica, principalmente na contratação de Vinicius Eutrópio. O grupo comandado pelo presidente Maninho de Nes passou por muita provação. Teve até faixa na rua pedindo a sua saída. No fim, ele termina a temporada com um grupo montado, situação financeira privilegiada e um excelente contato com as associações das vítimas do acidente na Colômbia. Resumindo, a Chape inicia uma nova temporada com uma grande tranquilidade para tocar o seu trabalho.

O trabalho segue em Chapecó sob o comando de Gilson Kleina, de 49 anos, contratado em outubro depois de ser demitido da Ponte Preta. Chegou em um momento de pressão e teve a competência de conseguir arrumar a casa de forma impressionante. O time engatou uma série de bons resultados, deixou o rebaixamento pra trás com boa antecedência e engatou um sprint final que lhe garantiu, na última rodada, uma volta à Libertadores.  Vejo nele um perfil de treinador bem próximo do que era Caio Junior: é conhecedor extremo de futebol sem estar no chamado "mainstream" daqueles nomes que ganham infinitamente mais sem entregar um rendimento satisfatório. A sua permanência, emendada com a manutenção de boa parte do elenco de 2017 pode ser a receita para mais um ano de boas notícias.

Enquanto muitos times fazem reformulações grandes, a Chape conseguiu se dar bem no mercado de fim de ano. Enquanto jogadores importantes na campanha, como Reinaldo, deixaram o clube, outros permaneceram, como o atacante Wellington Paulista (renovou por dois anos), o lateral Apodi, o zagueiro Fabricio Bruno e o também atacante Arthur Caike. Dentro da sua já conhecida política de pesquisar muito no mercado, chegaram o lateral Eduardo, ex- JEC e Criciúma, e o goleiro Ivan, um dos maiores goleiros da história do Joinville. Para a zaga, outra boa garimpada foi a vinda de Rafael Thyere, zagueiro reserva do Grêmio de 24 anos, que esteve presente na vitoriosa campanha do tricolor gaúcho, tendo atuado em 31 jogos na temporada. Também tem o volante Márcio Araújo, que precisava sair do Flamengo para ganhar outros ares, tendo a oportunidade em Chapecó de mostrar que tem qualidade. E, cá entre nós, a Chape adora trazer jogador nessa condição.

Eu ficarei muito surpreso se a Chapecoense não estiver na final do campeonato. Os números são simples: é o único catarinense na Série A, tem disparado a maior folha de pagamento (cerca de R$ 3 milhões mensais), não deve pra ninguém e conseguiu manter a base de um bom time, que teve a melhor campanha entre todos os clubes do Brasil no trimestre final de 2017. Esses números o credenciam ao tricampeonato. A Chape vive outra realidade, dentro do futebol catarinense. Só pode ter problemas "encavalando" jogos da Libertadores e do Estadual. A Federação Catarinense já deu aviso que não vai ajudar, marcando jogo pelo Catarinense no mesmo dia de um compromisso pela Libertadores. Mas quem passou por desafios tão maiores, pode tirar esse de letra.

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