terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

OS PROBLEMAS DO AVAÍ, O JOGO, A ARBITRAGEM, by RC

Assisti ontem apenas ao segundo tempo de Avaí e Tubarão e voltei da Ressacada com uma conclusão: Se todos os treinadores da história do futebol tivessem a mentalidade do senhor Claudinei, craques não teriam existido. O futebol seria uma coisa grosseira, coisa para broncos. Pelé, não seria aclamado rei, conseguiria um emprego lá em Três Corações; Garrincha voltaria a criar passarinhos em Pau Grande, sua terra; Ronaldinho Gaúcho seria um mero dançador de Pagode. Neimar, Rivelino, Maradona, Zidane, Zico, e todos da grande linhagem de ofídios da bola teriam outras profissões. É claro, por conta da visão invertida, (à moda Claudinei) dos treinadores, à medida que esses craques mostrassem suas qualidades em treinos ou jogos, permaneceriam no banco de reservas, até desanimarem por completo e desistirem da profissão de boleiro. 

É impossível entender essa lógica do Claudinei. Já não bastasse a insistência com seu manjado e infrutífero sistema de jogo, o senhor Claudinei parece não gostar de premiar aquele que se destaca. Luanzinho resolveu pra ele um problema cabeludo lá em Brasília, contra o Ceilândia, clube de modesta história no futebol brasileiro e todos, torcida e mídia, entenderam que esse jogador ganhara a posição de titular. O jovem jogador, feliz por ter feito dois gols, e ter saído de campo enaltecido por sua grande atuação, também devia estar certo de que seria promovido ao time principal, mas ontem recebeu esse balde de água fria, ganhando como prêmio a condição de reserva. O próprio Urueña, que ontem mostrou ser bom jogador, deve estar passando pelo mesmo problema; não deve estar treinando mal, mas desde julho que não sabe o que é uma chance de jogar. Que passe a chutar de bico nos treinos, a espanar bolas pra fora de campo, se pretende ser titular.

Resumindo, pra ser titular no Avaí de Claudinei, que o atleta procure não brilhar, jogar um futebol discreto, meia boca, jamais arrebentar a boca do balão.

Mas não é só Claudinei o problema do Avaí. O próprio Marquinhos, até que ponto é interessante mantê-lo no time? É uma questão que precisa ser encarada sem sentimentalismo. Outra, o Avaí não deve dar-se o luxo de ter três franzinos ciscadores em campo, Maurinho, Lourenço, e Cametá, este uma contratação que ainda não se revelou um acerto, e na qual não boto fé. 

A propósito de contratações, o time reserva do Tubarão, que ontem nos derrotou, mostrou um padrão atlético interessante para a prática do futebol. Jogadores robustos e jovens, com grande disposição e espírito de luta, e com um detalhe, chutam de fora da área, chutes potentes, o que não vemos nos jogadores do Leão. Portanto, parece que os critérios de contratação na Ressacada também precisam ser revistos. O caixa do tubarão é certamente inferior ao do Avaí, mas os homens parece que administram muito bem a grana que dispõem.

A arbitragem não foi boa. O gol do Tubarão foi contaminado de impedimento, portanto, houve participação no resultado. Mas além do gol irregular, outras coisas chamaram a atenção.

O árbitro Perrone, cínica e passivamente permitiu que só o goleiro do Tubarão, fazendo cera, retardasse em no mínimo cinco minutos o andamento do jogo, sem ser advertido, sob vaias da torcida azurra, para então dar-lhe o cartão amarelo. Cartão ao goleiro sai barato ao infrator e nada representa para o time que está sendo prejudicado. Também jogadores simularam contusão, com atendimento dentro de campo. Apesar disso tudo, a compensação no tempo de jogo, ao final, foi de quatro minutos, ou seja, os tradicionais três e mais um apenas. O senhor Perrone parece que também temia a virada do Avaí, pois a partir dos trinta do segundo tempo optou por não apitar várias faltas contra o Tubarão, próximas à sua área.  

Barbies e Chape seguem à frente, talvez seja a final que FCF pretenda, então o negócio é ir amarrando a zebra desde já.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Jamira Furlani/Avaí FC

4 Comentários:

Nelson disse...

Parabéns pelo brilhante comentário!
Viu o jogo que eu vi e também tem a mesma visão que tenho da atual situação do clube.

Roberto disse...

Como disse, assisti apenas ao segundo tempo do jogo e somente vi o gol do Tubarão pela TV, no dia seguinte.
Interessante é que alguns da mídia ficaram em dúvida sobre a posição irregular do atacante do Tubarão. Ora, é questão de muita má vontade, quem vê o tape logo percebe, meio metro à frente. E tem tanta ótica na linda Floripa.
Segundo Faraco, Berkenbrock é um dos bons auxiliares da FCF. Ah, sim, tá bom.
Interessante é que as garfadas sobre o Avaí são cometidas dentro da própria Ressacada, sem a menor cerimônia.
Ano Passado tiraram-nos o título na decisão, este ano se previnem com antecedência. - RC

Nelson Andrade Filho, grato pelo elogio.
Abraço. - RC.

André Tarnowsky Filho disse...

Nelsinho,

Não tiro tua razão, nem do RC...
Ficaram devendo meu presente!

André Tarnowsky Filho disse...

RC,

Assino contigo.
Mas o Avaí merece esse tratamento dado pela mídia varzeana, afinal de contas, te se mostrado exatamente igual...

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