A Guarujá agoniza

Quando me perguntam sobre as rádios da Capital, por razões familiares, mostro uma tendência em acompanhar a Rádio Guarujá, não só por várias vezes ter sido convidado para participar de alguns programas, como pelo fato de meu saudoso e materno avô ter sido contador no Grupo Hoepcke, numa época em que a galera da Ilha ainda se banhava na praia da Rita Maria...

Hoje, quando começar a transmissão da tradicional Guarujá, que completou 75 anos no último dia 18 de maio, o torcedor avaiano sentirá falta da competência do repórter Eduardo Fernandes, que não viajou para Araraquara para cobrir a partida Ponte Preta x Avaí.

Verdade seja dita, a Rádio Guarujá está agonizando. E se estava mal das pernas, ou das finanças, no início do ano, pior ficou na medida em que o diretor da empresa, Fábio Comelli, resolveu colocar o "experiente" Miguel Aroldo Livramento como gerente da rádio.

Por razões pessoais, Livramento afastou seus desafetos, como Rui Guimarães e Décio Antônio, trazendo uma série de amigos, engordando a folha que já atrasada. Aos poucos, muitos dos novos contratados foram abandonando os estúdios da rádio da Rua Nunes Machado por nada receberem...

No início de maio, o gerente da rádio também pediu o boné, não sem antes deixar uma conta ainda maior para ser quitada. Rui Guimarães, por exemplo, afastado que foi, resolveu procurar seus direitos com a "dona Justa"...

A situação da Rádio Guarujá já não se pode chamar de crítica, é absurda. O fato de colocarem um narrador, um comentarista e um repórter dentro de um estúdio para fazer aquela famosa transmissão por "tubo", empobrece ainda mais as coberturas dos nossos clubes.

Ao que parece, aquela história do "último que sair, apegue a luz", está servindo para a Guarujá, que se seguir nesse ritmo, não termina o ano, ao menos não com esse tipo de programação, apelando por retransmitir a programação da Band nacional...

Lamentável!