BRANDING DE UM TIME DE FUTEBOL: UM ESTUDO DE CASO AVAI FUTEBOL CLUBE, by Mayara S. Neves - Parte 4
2.3 BRANDING ESPORTIVO
A tendência do branding
é caminhar para se tornar uma atividade estratégica, fazendo com que a empresa
tenha cada vez mais ferramentas de gestão do valor da marca, fazendo com que
esse valor seja percebido pelo seu público, tudo isso absolutamente integrado e
focado e, como consequência, gerando vendas e lucratividade (OLIARI; ANNUSECK,
2010).
Branding é uma troca. É
experiência entre marca e consumidor. Uma marca bem construída traz
diferenciação e valor para o negócio. A marca também é o maior patrimônio que
se pode criar e desejar. Ela estabelece um elo com o consumidor que vai muito
além da qualidade do produto e é esse envolvimento que vai garantir a
lucratividade [...] A imagem é o fator decisivo para a escolha da marca. Um
negócio com uma imagem envolvente gera níveis de lucratividade muito superiores
à média do mercado (MARTINS, 1999).
Fazer branding é transformar design
estratégico em valor, por meio da construção de um universo proprietário e
memorável para a marca: é a importância das ações visuais e associativos. Ou
seja, é posicionar a marca com inteligência, equilibrar o emocional
(necessidade e expectativa dos clientes) e o racional (objetos do negócio). Ás
vezes pode haver uma confusão entre o trabalho do branding e do marketing.
Ambos tratam de relacionamento, porém, o marketing trata de vender, de falar
com o consumidor enquanto o branding precisa impactar todos os setores e todos
os públicos de relacionamento.
Segundo Klein (2004), o
branding é um empreendimento profundamente competitivo, em que as marcas são
construídas não somente contra seus rivais imediatos, mas contra todas as
marcas que ocupam a paisagem urbana, incluindo os eventos e pessoas que estão
patrocinando.
Conforme Heiji (2014),
o termo Brand vem do escandinavo Brandr (=to burn, queimar). Desde o
final do século 18, marcas eram e ainda são maneiras pelos quais os donos de
rebanhos marcavam seus animais para demonstrar posse. Existem seis definições,
todas corretas que podem nos auxiliar a melhor definir o termo.
Para Rein (2008, p.
281), o Branding Esportivo, tem-se várias fases, como: a atleta da Marca, a
marcado proprietário, a marcado do técnico, a marcado executivo, a marca do
programa, a marca da liga, a marca das instalações esportivas, a marca dos
produtos, a marca dos eventos, a marca do show de televisão, a marca da equipe.
Esses itens têm como a consolidação da marca como pode ser efetiva a fim de
criar diferenciação com os torcedores. Ainda que esses cases sejam
importantes exemplos de transformação, estão longe de representar aquilo que
vai pela maior arte das práticas de comunicação e marketing na indústria
esportiva. Muito pelo contrário, tais atividades no setor em análise
constituíssem uma pratica ainda relativamente nova embora crescente. Durante um
tempo longo demais os executivos da área esportiva ficaram dependentes de uma
combinação de vitórias, monopólio e das idas e vindas do mercado para agir com
vistas a lotar as arquibancadas. O branding esportivo embora seja utilizado
como estratégia por algumas marcas, ainda necessita de estudos aprofundados,
tanto teóricos quanto práticos, e ser disseminado para que as marcas possam
fazer uso de suas vantagens.
Quando se fala de
branding e em comunicação, surge a necessidade de definir o conceito de marca.
Segundo Kreutz (2010), as marcas são formas simbólicas que interagem com seus
públicos para conquistá-los. Essa interação pode variar de intensidade de
acordo com o posicionamento da marca, das características dos públicos e da
sociedade em que está inserida, bem como dos meios técnicos de produção e transmissão
das mensagens. Portanto, a marca é uma representação simbólica multissensorial,
cujos significados são construídos socialmente por meio de discurso multimodal.
Pois, o ato de comunicar envolve muitas variáveis, a comunicação é formada por
diversos elementos que podem ser físicos, sensoriais, emocionais, sociais,
éticos, estéticos e de valores.
O branding convenciona
o entendimento do universo abstrato da organização:
O branding é
justamente o processo de entender a fundo os valores e atributos de uma empresa
ou produto, entender seus diferenciais competitivos e, a partir disso,
estabelecer uma identidade única e consistente que vai nortear todas as ações
desta marca seja no design, na comunicação, no tipo de patrocínio e até nas
ações sociais que esta marca vai apoiar (VANNUCCHI, 2012 p. 18).
Conforme Heiji (2014) pode-se
afirmar que o branding esportivo é o processo que compreende e gerencia os
valores e atributos da marca esportiva, com o objetivo de estabelecer uma
imagem e uma identidade única e consistente, por meio de estratégias
comunicacionais no ambiente digital, que conduzirão as práticas sociais da
marca na internet. A estratégia online precisa ser forte o suficiente para
conquistar fãs a ponto de transformá-los em seguidores e embaixadores da marca.
As análises realizadas nos permitiram propor ações de branding esportivo, como:
Definir a identidade e a imagem da sua marca; conhecer seu público alvo;
posicionar a sua marca online de forma clara e direta; diferenciar sua marca
dos concorrentes, entre outros.
Marca deve ser
facilmente encontrada na web, por isso planeje estrategicamente seu conteúdo.
Lutando pela paixão do time e respeitando o time adversário. Quando se lida com
o esporte, sentimentos intensos como paixão, emoção, respeito, admiração,
idolatrias estão expostas. Esse é o momento de se aproximar do seu público, com
isso ele influencia outros grupos das suas redes sociais.
4 Comentários:
Bem interessante a explicação sobre o branding no sentido de impactar todos os públicos de relacionamento. Durante esta semana o Atlético-PR apresentou o seu novo escudo, propondo assim uma nova ação de branding esportivo vinculada à marca do clube.
Rodrigo Póvoas,
Sim, é verdade. Sou da época do Atlético-PR do Sicupira, com uma camisa igual a do Flamengo. Depois mudou inclusive o escudo, ficando melhor, na minha opinião.
A mudança divulgada ontem não agradou nem mesmo ao torcedores do Furacão...
Sou a favor de uma mudança no escudo, contanto que não comprometa a identidade do clube. A Juventus da Itália soube fazer isso muito bem. Mas, reconheço que o novo escudo do Atlético-PR é muito feio. Se o Avaí decidisse mudar o escudo, como será que ficaria?
Rodrigo Póvoas,
Nós já temos um histórico de mudanças no escudo. Meu amigo Roberto Costa, o RC, por exemplo, pede para que se adote o primeiro escudo, aquele da camisa comemorativa dos 94 anos.
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