BRÁULIO E O TORCEDOR, by RC

Faltou também ao árbitro Bráulio, no domingo que passou, pensar um pouco no torcedor,  consumidor desse esporte chamado futebol e patrocinador de seus cachês.

Ninguém sai de casa para o estádio com expectativa de ver a disputa resumir-se apenas a uma definição numérica, a números destinados a uma grade da federação ou das mídias, mas foi a isso que Bráulio reduziu o jogo entre Avaí e Brusque. 

Quem se desloca aos estádios quer desfrutar também, e principalmente, a estética do jogo, deslumbrar-se com a perícia dos bons, sentir a emoção de um belo drible, de um lençol, de uma caneta bem aplicada, do voo salvador do goleiro. Enfim, o encanto que o jogo tem, seus momentos marcantes que serão comentados no dia seguinte, na repartição, no mercado, nos bares, nas praças. Momentos que Bráulio alijou do alcance do torcedor avaiano ao aprovar irresponsavelmente o gramado impraticável. 

O torcedor quando paga o ingresso paga por essa expectativa, de ver espetáculo, divertir-se e  poder aliviar-se do cansaço e das aflições da vida e do dia-a-dia. O torcedor, sim, o torcedor, razão de existirem os clubes profissionais, os estádios, as federações, as ligas, e os árbitros...

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC