sexta-feira, 22 de março de 2019

Nunca deve haver revezamento para os goleiros

No gol, todo time deve ter sempre um o dono para posição. Uma sequência de trocas, sem nenhum motivo técnico ou de confusão, não faz nenhum sentindo.


Por Humberto Peron, Globoesporte.com — São Paulo

Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes
Se rodízio entre os jogadores de linha, para evitar o desgaste ou até alguma experiência tática, é justificável penso que o revezamento de goleiros em nenhuma hipótese deve ser realizado. Qualquer equipe, mesmo que seja o de bairro ou a melhor seleção do planeta, precisa ter um goleiro titular, que seja a referência. Aliás, se uma equipe não tem um arqueiro que seja dono da posição, que tenha alguém que passe confiança para companheiros, comissão técnica e torcedores, ela sofre muito.

O revezamento, mesmo ele não sendo intenso, de goleiros só traz pontos negativos.

Começa com o aumento da cobrança feita sobre o titular – e também de quem entra eventualmente. Com uma ou duas boas atuações daquele que não é titular já começam comparações, que não fazem nenhum sentindo, pois os jogos são disputados com equipes diferentes ou em situações distintas – o simples fato da equipes jogar em casa ou como visitante já faz grande diferença.

Na volta ao time, o goleiro dono da posição já começa a ser cobrado, principalmente se cometer um pequeno equívoco – como uma devolução de bola errada. Sempre vai haver aqueles que acham que o suplente sabe usar os pés melhor do que o titular, sai do gol melhor, orienta melhor a zaga e por aí vai.

Por outro lado, além de entrar pressionado, pois sabe que não terá uma sequência de jogos para mostrar todo o seu potencial, o suplente tem convicção que uma má atuação da equipe e uma derrota, pode até acabar com sua carreira no clube.

Muito pior é quando se decide a escalação do goleiro por competição. Qual a justificativa para escalar o reserva, em uma partida eliminatória, depois do titular fechar o gol em um clássico? E se o time é desclassificado de um torneio eliminatório por falha de um arqueiro suplente? É por isso que você tem um goleiro titular, para que ele jogue todas as partidas, inclusive as decisivas.

Também são criadas situações claras de desconforto quando há o revezamento.

No Santos, Vanderlei, por exemplo, ficou claramente desconfortável e incomodado, depois que Éverson, nos jogos que entrou, ter mostrado saber usar bem os pés e atuar como um líbero – sem dizer que o técnico santista Jorge Sampaoli sempre declarou que gosta de ter um goleiro que sabe sair jogando. Agora, lógico que não é por coincidência, o ainda titular do time da Vila, passou a errar bem mais usando os pés do que nas temporadas passadas.

Vanderlei e Everson em treino — Foto: Ivan Storti/Santos FC
Esqueça o papo que diz que tirar o goleiro do time por um jogo fará com que ele saia da zona do conforto e que ele se saberá que tem uma “sombra”. Os goleiros aprendem desde o início das suas carreiras que precisam estar sempre no auge da forma, sendo eles titulares ou reservas. Quem joga sempre, sabe que necessita ter a melhor forma possível para não dar chances aos demais arqueiros da equipe, pois dono do posto tem certeza de que abrir uma pequena brecha vai para o banco.

Já os reservas sabem que necessitam se preparar ao máximo para entrar bem em uma eventualidade ou estarem sempre prontos para assumir a posição de titular.

Agora, que fique bem claro, que eu não gosto é de revezamento, mas sou totalmente favorável a troca do titular, principalmente se ele tiver sequência de jogos ruins e não ter mais a confiança dos companheiros. Aí não há defesa e a ida para o banco é inevitável.

Goleiro bom mesmo é aquele que não gosta – e nem dá chance – para o reserva atuar. É o cara que sempre pensa que o time que vai começar a partida é ele e mais dez.

Fonte: GloboEsporte

1 Comentário:

miguelpersonaltrainer65@gmail.com disse...

Parabéns Geninho, afinal todo dia falamos que temos três goleiros titulares, o respeito aos atletas motivando suas participações nos jogos utilizando o rodízio, faz com que o comandante descubra pontos fracos e colocam todos em ritmos de jogos para o principal objetivo que e a permanência e qualificação para uma sul-americana, valorizar e respeitar os atletas torna o ambiente mais tranquilo, basta lembrar ano passado os três que haviam por aqui, há desculpa torcedor tem memória curta, e os calafrios do último jogo com o obeso e inativo Rubinho não faz parte da memória, deixem o Geninho trabalhar critiquem qdo realmente se fizer necessário e comecem a ser uma torcida de um TIME o AVAÍ, e não de resultados.

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