CONTINUAMOS NA MESMA, by RC

Continuamos na mesma e talvez não haja no repertório do Geninho algo a fazer que consiga modificar para melhor a situação. A carência de qualidade é flagrante e esse é o problema de mais difícil solução, porquanto requer dispêndio de dinheiro e Battistotti não se dispõe a "fazer loucuras".

Assisti ao segundo tempo de Atlético Paranaense e Palmeiras. Já não digo o Palmeiras, que detém a unanimidade  de melhor time do campeonato, mas dá inveja ver o Atlético jogar. É um time que não faz muito tempo era do porte do Avaí. Futebol veloz, jogadores de bom porte físico e técnico. Em tudo superior ao Avaí que temos visto em campo. Muito competitivo, jogava de igual para igual com o Palmeiras e perdeu o jogo apenas por uma bobagem individual de um jogador que, estabanado, atingiu Dudu dentro da área cometendo pênalti.

No jogo de ontem, contra o São Paulo, fomos um time que, dentre outros defeitos, não brigava, não chegava junto, a ponto do Geninho, com apenas quinze minutos de jogo aparecer na telinha irado, esmurrando a palma da mão, pedindo mais chegada, mais empenho, mais dividida. 

Também não temos poder de fogo, nem bons chutadores de fora da área. Falam que o time treina pouco. Pois é, e não temos sequer jogadas ensaiadas para as bolas paradas, isso é relaxamento. Contamos apenas com a possibilidade de um chute feliz. Marquinhos, o Galego,  participou de algumas jogadas ensaiadas  que deram resultado, em escanteios, em faltas laterais. Precisa ir aos treinos, conversar com o Geninho, sugerir. 

É claro que o zum-zum já se faz ouvir no sentido de trocar-se o treinador. De repente, talvez seja inevitável. Se há de surtir efeito ninguém saberá dizer, mas o futebol é essa coisa viva, instável, que não cansa de nos surpreender. 

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto acima: Foto: Eduardo Valente/Framephoto/Estadão