COMPETÊNCIA PARA GERIR, by Fefito

Faz tempo que não comento por aqui. Mas também, como encontrar qualquer entusiasmo para escrever quando o nosso time não demonstra qualquer fagulha de inspiração? Assim foi o ano de 2019 avaiano. Verdade seja dita, ainda que tenhamos passeado no Campeonato Catarinense, a falta de vitórias nos jogos decisivos já serviram de alerta para os mais atentos.
É chato, mas em 2020, uma vez mais, teremos que reconstruir. Foi assim em 2014, 2016 e 2018, anos em que disputamos a série B, intercalados por anos ruins na série A (2015, 2017 e 2019). Uma coisa é certa, somente os tolos insistem nos erros e os nossos administradores estão demonstrando uma incapacidade enorme no gerir as coisas do futebol. Não falo das finanças, pois, segundo informam aos quatro ventos, estão em dia. Mas o futebol, a nossa razão de viver, está em péssimas mãos. O receituário é o de sempre: elenco inchado, falta de critério ao contratar, paternalismo nos cargos do gerenciamento, gestão “meia boca” das categorias de base...
Sobre o último item, sei que é polêmico, no entanto, sejamos francos: embora tenhamos revelado alguns atletas, nenhum que possamos chamar de craque ou que seja unânime. Sempre falta algo. Sempre exigem paciência por parte do torcedor. “Calma, ele é um menino”, afirmou um avaiano compreensivo após 20 péssimas atuações consecutivas de Luan Pereira. “Pelo menos ele é versátil”, disse um outro sobre Lourenço. “Ele é ‘amarrador’, mas serve para compor elenco”, disse ainda um outro apaixonado sobre Caio Paulista. Pouco, muito pouco.
Que o meu comentário não seja encarado como uma crônica de um torcedor derrotista. Nós, avaianos, estamos mais que acostumados a comemorar de maneira ímpar nos momentos de vitória, mas também sofrer com decência nos momentos de derrota. Principalmente nos momentos de dificuldade que temos que ter dignidade.
Para 2020, que as palavras da última coletiva de Marquinhos Santos se consolidem e que tenhamos bons resultados no porvir. O problema é que, como diz o meu amigo Jô, “O papel aceita qualquer coisa”. Não basta só falar e despejar doses cavalares de “sincericídio”, precisa ter competência para gerir as coisas do Avaí.
Um forte abraço aos amigos avaianos!
* Fernando Torquato Silveira, o "Fefito", é associado do Avaí FC
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