ELIMINAÇÃO DA COPINHA EM DOIS DETALHES, by RC
É sabido que muito comumente em futebol as coisas se decidem no detalhe. E não deu outra na tarde de ontem, quando o time de juniores do Avaí perdeu nos pênaltis para o time do Oeste, do interior Paulista, sendo alijado da Copa São Paulo.
O Avaí teve a vitória nas mãos no primeiro tempo, quando num só lance perdeu duas chances feitas de marcar. Duas oportunidades claras dentro da pequena área foram desperdiçadas por conta de ansiedade.
A ansiedade é um ponto crítico na carreira de qualquer atacante e superar esse defeito deve ser objetivo preponderante de todo pretendente a artilheiro no futebol. Treinadores de jovens atletas deveriam atentar para o problema, mostrar seguidamente a seus pupilos imagens de grandes craques em lances sutis dentro da área, para que assimilem a frieza técnica, a capacidade de manter o raciocínio no lance agudo, de preferir o toque consciente, iluminado e seguro, à porrada imprevisível na bola. Imagens de Romário, Reinaldo, Zico, Neimar, Lico, Ronaldinho Gaúcho e muitos mais, que a história do futebol brasileiro é rica em exemplos, podem ser usadas.
Pois foi a ansiedade um dos detalhes que nos prejudicou ontem, quando as duas oportunidades dentro da pequena área foram desperdiçadas, porque em ambas a escolha seria do lance consciente, pensado, o toque alegre, que deixa "sem pai, nem mãe o goleiro". Os meninos não tiveram calma, um chutou precipitadamente sobre o goleiro, o outro isolou em chute forte por sobre a meta.
Outro momento em que o detalhe decidiu, ouso dizer, foi na escolha dos candidatos à cobrança dos pênaltis. O menino zagueiro, musculoso, forte, como devem ser os zagueiros, mostrou despreparo, indefinição, insegurança, quando chutou pifiamente a bola, praticamente atrasando-a para o goleiro do Oeste. Do zagueiro espera-se até que cause temor ao goleiro, que faça uma cobrança máscula, que estufe a rede numa bomba
certeira e indefensável. A impressão deixada, a insegurança demonstrada pelo jovem, foi de que a sua inclusão no grupo dos cobradores foi equivocada, ou seja, um segundo detalhe infeliz que decidiu nossa eliminação.
* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto acima: Renato Vereda
Valeu pra mostrar o que temos de bom, e o que temos a corrigir.
Nunca me contentei com goleadas, apesar de ser o gol a alegria numa partida de futebol, mas geralmente após uma goleada que encobre falhas, vem o resultado de uma partida complicada pela qualidade superior do próximo adversário, e a eliminação ou perda de pontos, por falta dos gols que sobraram lá atrás, geralmente é assim, ou não é!
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