NOTAS SOBRE O TÍTULO DE 73. O JOGADOR BAIO, by RC

O Juventus de Rio do Sul fizera um time competitivo, chegando à final com o Avaí. Tinha no banco ninguém menos que Lauro Búrigo, o bruxo. Jorge Ferreira, vindo do Rio e que deu-se bem em nosso futebol, comandava o Leão.
Rogério, cabeça de área, também conhecido pela alcunha de Doi, espécie de eterno titular, dono absoluto da camisa 5 em todo o tempo em que jogou no Leão, abriu a contagem. O zagueiro Baio empatou para o Juventus, em momento crítico, 36 do segundo tempo. Mas a 42 minutos o Avaí teve uma falta para cobrar na intermediária, posição de meia direita. Consta que Rogério colocou a bola no chão e disse: "Badu, te coloca lá dentro da área que eu vou botar a bola na tua cabeça." E assim aconteceu, a bola lançada ignorou a altura dos zagueiros do Juventus (Baio era talvez o mais alto em campo) e encontrou o Balduino no meio da área, para escorar a bola com a cabeça e, detalhe, sem sair do chão, para fazer o gol do título.
O zagueiro Baio protagonizou uma página curiosa no futebol catarinense. Quando decidiu aposentar-se, anunciou previamente que seria seu último jogo (não achei registro de qual jogo). Assim que o árbitro José da Silva Melo soprou o apito final Baio correu pra cima dele, e, gratuitamente, sem que tivesse qualquer razão para justificar seu ato, pois a arbitragem transcorrera tranquila, o agrediu a socos. Entrevistado a respeito do seu estranho procedimento, disse que havia prometido a si mesmo que antes de aposentar-se iria agredir um árbitro, e cumpriu. Mais tarde confessou seu arrependimento pelo ato descabido.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC
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