sábado, 22 de fevereiro de 2020

INÁCIO E A SAÍDA DO AVAÍ: «BOICOTARAM O MEU TRABALHO, TÊM DE CORRER COM DOIS OU TRÊS CANCROS»

Quatro derrotas, um empate e três vitórias. Este o registo de Augusto Inácio no comando técnico do Avaí. De regresso a Portugal, o treinador português falou em exclusivo a A BOLA TV sobre a curta experiência ao leme da equipa que disputa a Série B do futebol brasileiro. E deixou críticas, muitas críticas à realidade que encontrou no clube.

«Aventura curta mas que deu para perceber muitas coisas. Lá no Brasil nada é para hoje, nada é para amanhã, é para ontem. Foi muito difícil, o trabalho mais complicado fizemo-lo nós agora. Dos quatro reforços que vieram, só pude utilizar um, não pude utilizar os outros três que iriam dar mais corpo ofensivo à equipa, que era o nosso grande defeito. Depois não houve tempo porque as pessoas não querem esperar para fazer uma equipa», começou por explicar o técnico de 65 anos, enfatizando a «mentalidade muito fechada» que encontrou no Avaí: «Não estão muito abertos a mudanças (…). Não aceitam que se jogue com três centrais, nem os jornalistas

«Faltou sobretudo tempo, que os reforços viessem a tempo e horas, mas também muita lealdade da equipa técnica. Um conselho que dou aos treinadores portugueses que forem para lá é que levem uma equipa técnica portuguesa. O choque é natural, eles não estão abertos a novas ideias, a novas metodologias. Cria-se um clima em que eles dizem que está tudo mal, não dizem na frente dizem nas costas, o que é pior. Houve elementos da equipa técnica que se vangloriaram e disseram: ‘Então, consegui ou não consegui correr com os portugueses?’ Este foi o espírito que encontrei, não olharam bem para a minha entrada», contou Inácio, deixando um conselho ao presidente do Avaí:

 - Enquanto não correr com dois ou três cancros aquilo não vai para a frente. Sei os podres que há lá dentro. Garanto quase a 100 por cento que este treinador que lá está agora vai cair também.

«Boicotaram um pouco o meu trabalho mas faltou-me tempo, a equipa estava a começar a engrenar», realçou o técnico português, lamentando o «veneno» com que teve de lidar e mostrando-se convicto de que «encheram a cabeça ao presidente» para o despedir.

«Eles não querem um treinador que seja português ou brasileiro, querem um milagreiro e eu milagres não faço. Saio desgostoso porque estive lá pouco tempo e não consegui fazer mais, mas o problema não está no treinador português, não está no Augusto Inácio, está incorporado lá dentro», vincou.

Fonte: abola.pt

7 Comentários:

Marcio disse...

É muito sério e no mínimo preocupante, as palavras do português...

Marco Aurélio disse...

Interessante é que em pouco tempo ele já descobriu que tem uns cânceres lá dentro, só o presidente é que não sabe ou finge q não sabe..Com a palavra o Sr. Batistotti

Marco Villaça disse...

Já sabemos a muito tempo quem são os cancros...

Nelson disse...

Ainda bem que todos já sabem quem são os "cancros", menos o Battistotti, ou não???

Algemiro disse...

Manda o Evando embora urgente, traíra
Detonador de treinador.

Unknown disse...

É claro q o Avaí quer resposta imediata. Treinador não estava vom nada.

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