Bom dia, Azurras - nº 3.641

EXPECTATIVA QUEBRADA

Quando ocorreu a paralisação do Campeonato Catarinense e logo em seguida os clubes resolveram dar férias de 20 dias para seus respectivos elencos, tínhamos a expectativa de que logo as coisas voltariam para seus lugares e o futebol continuaria como antes...

Ocorre que o período de férias passou, e os que eram 20 dias passaram para mais 10, ou seja 30 dias de férias, cujo término ocorreu na última quinta-feira. Para não retornarem às atividades em pleno feriado de 1º de maio, os clubes aumentaram a folga até esta data...

Mas sejamos francos: o que esperar na reapresentação dos elencos nesta segunda-feira?

A resposta curta e simples é: NADA!

Se algum dirigente ainda não se convenceu, enquanto as autoridades governamentais não derem uma solução para essa pandemia vivida em todo o mundo, não adianta entrar nos delírios do mandatário da FCF, visto que não teremos futebol no dia 9 de maio, muito menos no próximo dia 16...

NEM TREINOS

Engana-se quem pensa que o elenco avaiano se reapresentará no Sul da Ilha, na nossa bela Ressacada. Tendo em vista que o pleito de retorno ao futebol levado pelo mandatário da FCF ao Governo do Estado de Santa Catarina não foi acolhido, resta apenas uma esperança aos nossos clubes: que os treinos sejam permitidos.

Sim, é exatamente isso. Hoje, segunda-feira, dia 4 de maio de 2020, os jogadores do Avaí seguirão em suas casas, com treinos individuais, dentro da plataforma de trabalho estabelecida pela preparação física do clube, com acompanhamento da fisiologia, departamento médico e nutricional.

Hoje, nem mesmo os treinos estão liberados para qualquer equipe, ou seja, independente dessa ou daquela plataforma que se use, o prejuízo físico será ainda maior para todos os jogadores...

INÉRCIA GERAL

Aliás, e já comentei isso por aqui ontem, ainda que tenha ocorrido aquela masturbação mental feita pelo mandatário da FCF, querendo que o Campeonato Catarinense voltasse esta semana, há outro fator que não pode ser esquecido, e foi muito bem lembrado pelo coordenador de futebol do Avaí, Diogo Fernandes: de pouco adianta voltar para jogar nossa competição doméstica, se o Brasileiro também está sem qualquer perspectiva de data para seu início.

Para reiniciar o Catarinense, os clubes precisarão de ao menos 15 dias de pré-temporada, e como faltam poucos jogos para chegarmos ao 100% da competição, temos 76,27% das partidas jogadas, não se pode voltar, concluir o certame, para depois ter nova paralisação na espera pelo início do Brasileiro, competição que efetivamente interessa aos clubes justamente pelas cotas que recebem.

A inércia é geral, e se as coisas estão demorando para tomar um rumo em Santa Catarina, pior ainda está acontecendo em outros Centros do país...

COBRANÇA NO RUBINHO

Segundo meu amigo Bruce Riggenbach, otorrinolaringologista e torcedor "doladelá", diante de toda esta pandemia o mais sensato seria encerrar o Campeonato Catarinense, pela tragédia mundial. O retorno da competição levará tempo, com o que também concordo. "Jogos sem torcida são iguais uma orquestra sinfônica para um teatro vazio", disse o alvinegro.

Riggenbach não está errado, mas o que cobrarei até o fim é um mínimo de coerência por parte do amedrontado mandatário da FCF, Rubens Renato Angelotti, pelo que afirmou ao microfone da Rádio Eldorado, de Criciúma, antes mesmo do início da nona rodada da fase classificatória do Campeonato Catarinense.

O discurso já mudou após sua visita na Rua Humaitá, assim como a "pauta combinada" com algumas emissoras fizeram com que trocasse o discurso. O discurso inicial era de Brusque campeão, apesar do Avaí ter se intrometido nessa festa, além de que não iria rasgar os 45 jogos disputados até aqui...

Saudações AvAiAnAS!