terça-feira, 30 de junho de 2020

A PSICOLOGIA DO SORTEIO, by RC

Muita gente tem curiosidades, mas até hoje não sabe exatamente como são realizados os sorteios dos árbitros na Federação Catarinense de Futebol.

Caem as bolinhas por gravidade, de um globo, como nos sorteios da Caixa Econômica Federal? Ou alguém mete a mão num improvisado recipiente, saco ou chapéu coco, para escolher ali a bolinha segundo sua diferença de temperatura? Esta hipótese já rolou aberta e satirizadamente na mídia. Aliás, a mídia poderia prestar esse serviço, mostrar ao vivo e a cores a pantomima. Na verdade, a mídia sempre jogou o fel da dúvida em cima desses sorteios, retirou-lhes à força de pilhéria toda a esperada credibilidade.

Será que alguma encenação, algum ritual de faz-de-conta ainda é realizado, com local e horário predeterminados e acesso livre, para que pessoas assistam ao ato público e idôneo? Ou será que a desmoralização levada a cabo pela mídia já tornou desnecessário todo o aparato, toda a mise-en-scène e a coisa é feita mesmo em cima do joelho? Será que algum clube interessado envia representante para conferir à luz da norma pre-estabelecida a lisura do evento?

Já somos grandinhos demais para vestirmos a carapuça da ingenuidade. A FCF não esconde suas "preferências", sua psicologia é elementar e clara como água, os aluguetes que a conhecem bem, uma semana antes já antecipavam com acerto o resultado do "sorteio", os nomes dos árbitros. Pensando bem, todo mundo já sabia.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Texto originalmente publicado em 04/05/2013. Arte acima: Internet

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