quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

AVAÍ NA ILHA DA FANTASIA, by Helton R. Ouriques

O ano de 2020 termina de forma melancólica para o Avaí: derrotado em casa pelo CRB (vitória justíssima do time alagoano, aliás), em mais um jogo de péssimo futebol, no qual ficaram mais uma vez evidentes os problemas já detectados desde 2019: 

a) não há organização tática; 
b) não há preparo físico da parte de muitos jogadores; 
c) não há sequer a “raça”, cantada no nosso hino.

Que balanço sincero podemos fazer desse ano? Um completo fracasso, em todas as competições disputadas! Ora, em uma analogia com o mundo empresarial, o setor responsável pelas contratações já teria recebido aviso prévio. Afinal de contas, quais (e quantas) das contratações efetuadas ao longo de 2020 apresentaram um resultado minimamente aceitável?

Como já foi dito repetidas vezes, o Avaí tem uma gestão amadora, baseada na amizade e no compadrio. Não é admissível fazer do departamento de futebol um local de estagiários, não é aceitável contratar jogadores com problemas físicos (histórico de lesões e excesso de peso). Aliás, parece que estar fora de forma e não ter comportamento profissional são pré-requisitos para alguém ser contratado.

A conta chega, e está chegando bem alta, com o desempenho vergonhoso nessa Série B, não condizente com o investimento que foi feito. A responsabilidade maior é da presidência, que adora holofotes quando aparecem duas ou três vitórias, e depois desaparece quando os papelões dentro de campo se acumulam. Para quem se vangloria de gestão profissional, atrasar salários (e bons salários!) é algo que soa como patético.

Para 2021, seria necessária uma mudança de rumo sinalizada desde a primeira semana de janeiro, com mudanças na direção do futebol, colocando alguém efetivamente profissional para a função. E é preciso dizer: está mais do que na hora de trocar a preparação física. Na verdade, parece que só se salva a equipe médica, que já tem reconhecimento nacional pela sua competência. Seria fundamental a mudança na comunicação do Avaí, excluindo de uma vez por todas o conhecido X9, que adora passar a pauta para um certo veículo de imprensa. E torcer para que no final do próximo ano surjam nomes com ideias e ideais modernos para a administração do futebol do Avaí. Não é mais aceitável que o Avaí seja administrado com base no personalismo e no paternalismo.

Por último, mas não menos importante, faltam 6 jogos para o final da série B e vale lembrar que ainda não estamos garantidos na segunda divisão ano que vem. É bom que fiquem ligados, porque escalando medalhões descompromissados vai ser sofrido para conseguir os dois míseros pontos que faltam para a permanência.

* Helton Ricardo Ouriques é associado do Avaí FC

3 Comentários:

Raniere disse...

Mais claro do que isto, só desenhando!!
A solução de todos que opinam aqui no blog converge para a contração de um profissional gestor de futebol, sério e comprometido com os resultados.

ManoelNilson disse...

Perfeito. É só executar as sugestões acima apresentadas que o sucesso no futebol aparece ao natural. Fazer futebol não coisa assim tão difícil. Basta ter um pouquinho de competência.

Fernando Avaiano disse...

Se o pessoal deixar de pagar e não for mais no estádio quando abrir, talvez mude. Só tem um jeito pra mudar essa situação vexatória, Greve do torcedor.

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