Bom dia, Azurras - nº 3.905

NA RAÇA

Não há como negar, por muito pouco, toda a expectativa gerada pela possibilidade de classificação do Avaí para a elite do futebol brasileiro este ano quase fica engasgada na garganta da Nação Avaiana.

Como muito bem colocou meu amigo Roberto Costa, ontem, na metade da tarde, "estamos por um fio, mas um fio digerível. Possibilidades pouco consistentes de acesso nos acenam, as quais, não se confirmando, ficaremos mantidos no conforto da série B."

Sim, e depois de uma partida muito disputada, onde o adversário mostrou uma série de bons predicados, até dominando parte da partida, o Leão da Ilha mostrou que quer classificar, saindo de dominado para dominador, deixando de lado aquele um ponto de empate que de nada serviria, para conquistar uma vitória pra lá de emocionante.

Num primeiro tempo em que esteve melhor, mas não "dando as cartas", o Avaí abriu o placar através do aplicadíssimo zagueiro Alemão, que vem subindo de rendimento, aos 21 minutos, completando cobrança de escanteio: Avaí 1 a 0.

Getúlio, se fosse menos fominha e mais inteligente, poderia ter feto 2 a 0, mas...

E olha que o Guarani chegou perto do empate na primeira etapa, com o Avaí se salvando pelas boas defesas de Glédson. A diferença mínima no placar foi mesmo o resultado dos 45 minutos iniciais.

Para o segundo tempo, o Bugre veio mandando na partida, e não demorou para empatar. Aos 7 minutos, um dos muitos ataques campineiros, Todinho chutou e a bola desvio em Alemão, morrendo no fundo da rede de Glédson: 1 a 1.

Quem pensou que o Avaí reagiria, enganou-se. O Guarani seguiu mandando na partida, para desespero e desânimo da Nação Avaiana...

A postura do Leão só começou a mudar com as substituições na equipe, que aconteceram aos 25 e 28 da etapa final, com Jonathan e Bruno Silva entrando nas vagas de Rômulo e Vinicius Leite, respectivamente, ainda que o Bugre seguisse melhor.

Porém, aos 42 minutos, numa tentativa final, entraram Jô e Iury nos lugares de Ralf e Renato, respectivamente. Era a última cartada!

E na raça, o Avaí começou a mudar a história da partida, passando a pressionar o Guarani, ainda que sem muita inspiração.

Dos 48 até os 50 minutos, muita confusão, primeiro com a expulsão de Walber, pelo Bugre, e depois de Edilson...

Nos acréscimos dos acréscimos, aos 51 minutos, numa ataque primoroso, Getúlio tocou da Jô, que deixou Jonathan na cara do gol para fazer um golaço: Avaí 2 a 1.

Não havia tempo para mais nada, exceto comemoração...

Foto: Frederico Tadeu/Avaí FC

A ESTRELA DE CLAUDINEI

Quando o Avaí anunciou a contratação do técnico Claudinei Oliveira para substituir Geninho, creio que fui um dos poucos a elogiar seu retorno ao Sul da Ilha. No entanto, com o passar dos jogos, ainda que com bons resultados iniciais, o treinador avaiano acabou caindo na mesmice dos outros técnicos, sucumbindo na escalação de medalhões, principalmente quando optou por três zagueiros.

As críticas vieram nesse espaço também...

Ontem, Claudinei optou por apenas dois zagueiros, mas a bem da verdade, deu mais sorte que juízo. No meu entendimento, ao ver o Guarani dominar a segunda etapa, acabou demorando para mexer, mas ainda assim conseguiu o resultado de vitória...

Em função de seu trabalho, com ou sem críticas, é que o Avaí chega para a última rodada vivo na competição. Ele tem estrela!

MUDOU

Talvez tenha passado despercebido do amigo leitor, mas na época do técnico Geninho, e o comentário vale também para os outros treinadores que passaram pelo Sul da Ilha em 2020, dependendo de quem fizesse o gol, o jogador seria abraçado apenas por "alguns"...

Quer admitam ou não, esse elenco apenas batia uma bolinha juntos, nunca teve qualquer compromisso com o clube...

No entanto, e falo isso porque acompanho todos os jogos do Avaí, a vibração de ontem após o gol de Jonathan, no apagar das luzes, mostrou algo que não víamos faz tempo: todos se abraçando e comemorando!

E ninguém estava forçando nada naquela "rodinha"pós partida para mostrar união. Ontem a festa foi espontânea!

Foto: Frederico Tadeu/Avaí FC

PREJUÍZOS NO NORDESTE - BDA nº 3.903 - 22/01/2021

Já teci minha opinião sobre a ação impetrada pelo Avaí no STJD para anular a partida contra o CSA, em função do caso Valdívia, inclusive dando um pitaco de que seria fácil a defesa alagoana, e até do laboratório envolvido, mas...

Um "quero-quero" muito atento aos que acontece no Sul da Ilha, morador da Trindade, enviou a seguinte mensagem, que faço questão de reproduzir:

"Avaí foi visivelmente prejudicado pelos bandeirinhas no Nordeste. No 2x2 contra o Confiança, teve gol legal anulado e pênalti não marcado. No 2x2 contra o Náutico, um dos gols do time pernambucano foi em impedimento e no 1x1 contra o CSA, pênalti inexistente. Seriam mais 6 pontos, o que nos deixaria dentro do G4, desbancando o próprio CSA, hoje quarto colocado.

Não justifica as péssimas 49 atuações da temporada 2020, mas fato é que fomos prejudicados."

ESTAVA CLASSIFICADO

Ontem, o "quero-quero", morador da Trindade, voltou a acionar as baterias, enviando a seguinte mensagem, que faço questão de reproduzir:

"Com os seis pontos roubados dos bandeirinhas no Nordeste em três jogos, hoje já estaríamos classificados para a série A, pois passaríamos 3 pontos do Juventude e eles não nos alcançariam mais no número de vitórias na última rodada.

Teríamos 61 com 19 vitórias, hoje é o Juventude só poderá chegar a 61 com 17 vitórias.

Estava fácil mesmo com este time bagaço e com técnico ruim."

Ainda seguimos na briga, por um fio, como disse RC, mas seguimos...

A BASE É MELHOR

Segundo o mesmo "quero-quero", e não ousarei discordar, até porque os números são óbvios, foram os guris oriundos da base avaiana que decidiram a maioria dos jogos do Avaí. E seguiu com algumas informações interessantes...

"Dos 44 gols do Avai na Série B, 2 foram feitos pelos adversários.

Dos 42 marcados pelo elenco, 13 (31%) foram realizados pela trinca oriunda da base Rômulo, Getúlio e Jonathan. 

Já os craques Rildo, Rodrigão, Ronaldo, Renatinho e Adryan fizeram juntos 2..." 

Não vou me alongar, até porque já escrevi muito sobre isso, mas os poucos minutos de Jô em campo mostraram que merece ter mais oportunidades que alguns "artilheiros" contratados por salários de estrelas...

Saudações AvAiAnAs!