NÓS SOMOS "O" AVAÍ, by Maurício Gil
Como meu amigo Roberto Costa já colocou, "estamos por um fio" para alcançarmos o acesso para a elite do futebol brasileiro, ainda que o Avaí não dependa das próprias pernas para tal feito.
Ocorre que, após duas vitórias sensacionais dentro da nossa bela Ressacada, a imensa Nação Avaiana parece ter recuperado a fé no que o Avaí possa fazer na última rodada, acreditando na improvável classificação.
Nessa maré de otimismo, recebi do gente boa João Gil, uma texto de seu avô Maurício Fil, que publiquei em novembro de 2010, assim como ocrreu com vários blogs avaianos naquela época, mas nunca é demais repetir algo tão especial.
A poesia do Maurício Gil foi escrita antes do Avaí enfrentar o Santos de Neymar, em que a grande estrela da partida foi o meia Caio, autor dos três gols do Leão na vitória de virada por 3 a 2.
Confira:
É domingo!
Estejamos preparados para o nosso compromisso.
Domingo é o dia da redenção avaiana.
Domingo, mesmo se o dia se levantar nublado, faremos com que o céu fique de um azul incomensurável.
Domingo acordaremos mais avaianos, e faremos do caminho até a Ressacada o nosso Compostela.
Domingo o Avaí tem de ser o Avaí como nunca o foi.
Domingo, àqueles que acreditam e aos que não acreditam, peço atenção aos rituais: o mesmo calçado, a mesma camisa, os mesmos gestos, a rotina divina de um dia de glórias. Não tentemos enganar os deuses do futebol, eles nos espreitam.
Domingo, aos crentes, aos de fé – e aos ateus até, a prece salvadora, balbuciada para nós, baixinho.
Domingo, o Avaí precisará de nós como a criança com choro sentido do colo de mãe. Não faltaremos!
Domingo, a Ressacada será o Adolfo Konder, com toda a sua mística, com todo o peso de sua história, lembranças das tardes gloriosas na rua Bocaiúva.
Domingo, Adolfinho terá de defender como nunca.
Domingo, por Fateco e Diamantino, “no passarán”!
Domingo, contaremos com a lucidez de Zenon, com os dribles de Nizeta, de Ademir e de Lico, com a serenidade e a maestria de Veneza. E o bico providencial de Maneca.
Domingo precisaremos – e como – dos gols de Juti, de Toninho e de Lica.
Domingo não faltarão a garra de Saulzinho, Orivaldo e Cavallazi, o destemor de Rogério.
Domingo, cada um de nós avaianos se despirá de si para sermos um só, e em uníssono cantaremos a alegria de ser azul.
Domingo o dia precisará bem mais do que 24 horas, para caber todo o nosso orgulho e paixão.
Porque nós não somos simplesmente avaianos.
Nós somos “o” Avaí.
O verdadeiro avaiano fica arrepiado quando lê essa poesia, eu fiquei.
Gostei Sr. Maurício Gil.
Foi um domingo especial e o senhor conseguiu reviver em muitos
corações Avaianos a expectativa que vivemos antes do jogo e depois a alegria de um acesso com vitória sobre o lendário Santos.
Abraço. - RC
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