Bom dia, Azurras - nº 3.924
APATIA
Confesso aos amigos que faltando 12 dias para o início do Campeonato Catarinense da Série A de 2021, nunca vi o torcedor avaiano tão apático com as movimentações dentro do clube, muito provavelmente ainda ressaqueados com a péssima temporada do ano passado.
Claro, disputar quatro competições e não ter nada para comemorar, não é tarefa fácil. E para piorar a situação, descobre-se que o clube não tem capacidade de contratar novos jogadores em função dos longos contratos feitos com esses perdedores e descompromissados, que só vieram passar temporada na Ilha.
E não me venham dizer que a apatia é em função da pandemia, que mudou hábitos desde março de 2020. O marasmo da Nação Avaiana é reflexo da falta de "tato" dos dirigentes do Leão para com sua torcida, o maior patrimônio do clube...
Bom que se diga, o novo executivo de futebol do Avaí, Marco Aurélio Cunha, não é mágico, e anotem, em pouco tempo seu discurso também vai cansar os ouvidos de quem quer ver o Avaí voltando a vencer outra vez.
RENOVARAM
O Avaí tinha "um time" para deixar sair da Ressacada após o término do Campeonato Brasileiro da Série B de 2020, no final de janeiro, a saber: Glédson, Betão, João Lucas, Pedro Castro, Rodrigão, Renatinho, Leandrinho, Getúlio, Renato, Ramon e Ralf.
Alguns já estão longe, como Renatinho, que foi para o Botafogo-SP jogar o Paulistão e a Série C, Rodrigão se reapresentando no Santos sem saber se será aproveitado, e Ramon, oriundo da base avaiana, acertando com o Metropolitano.
Outros três dos onze tiveram contratos renovados: Glédson, Betão e Renato.
Dos jogadores do empresário Eduardo Uram, Getúlio e Pedro Castro, tudo indica que o primeiro deve renovar e o segundo não fica no Avaí.
Sobraram João Lucas, Renatinho e Ralf, que com todos os respeito, nenhum dos três merece ficar. Aliás, o ex-corintiano já foi descartado.
RAMON
Tenho por hábito, sempre que possível, acompanhar os jogos da base do Avaí. No ano passado, com a ausência de Capa, o jovem Ramon, de 21 anos, teve muitas chances na equipe principal, mas não aconteceu.
Lamento que tenha sido assim, e mais ainda por ter sido dispensado. Acompanhei muitos de seus jogos na base, no aspirantes, onde sempre foi destaque, com gol olímpico, assistências, enfim, fazendo boas partidas, mas, reconheço, no profissional infelizmente não acertou o pé...
Mesmo assim, até relembrando uma ideia do amigo Léo Vargas, de São João Batista, o Avaí deveria renovar e emprestar, até para pegar mais cancha. Hoje está no Metropolitano, sem que o Leão ganhe um centavo por isso...
Seria o mesmo "procedimento" que fizeram com Matheus Barbosa. Simples assim.
INSISTÊNCIA
Há algo estranho no "Reino da Ressacada". Depois daquele vexame de 2019, o Avaí veio de preparando desde agosto daquele ano para recuperar o espaço perdido, com novas conquistas nas quatro competições que disputou.
Não aconteceu, não ganhou, o time se mostrou pesado, descomprometido, sem condições física e técnica, sendo presa fácil para todos os adversários, quer no Catarinense ou até mesmo nas competições nacionais.
Estranho ver que praticamente todos o elenco siga no Sul da Ilha, os mesmos dos mesmos, quase todos seguindo no clube, ainda que sejam oriundo de um projeto que não deu absolutamente nada certo, sem conquistar objetivo algum daqueles traçados pelo clube na temporada passada...
EVANDO SENDO EVANDO
Muito boa outra vez a entrevista produzida pelo pessoal do Troféu Avaí com o ex-auxiliar técnico Evando Spinassé Camillato, agora técnico do Avaí Sub 23. O objetivo da entrevista foi oportunizar ao ex-auxiliar técnico o direito de resposta ao técnico português Augusto Inácio. Não vou entrar no mérito de quem está com a razão, até porque farei a reprodução do programa durante o dia e cada um que tire suas conclusões.
Evando foi Evando, extremamente prolixo, sem poder de síntese. Algumas questões relacionadas diretamente ao clube, efetivamente, não posso concordar com ele, e algumas até em relação ao método do técnico português.
O que se percebe, outra vez a "conta" fica para o clube pagar sem que haja qualquer cobrança de resultados...
Quero deixar meus sinceros cumprimentos ao pessoal do Troféu Avaí, notadamente aos que trabalharam diretamente na entrevista, Rafael Xavier Passos, Fernanda Schuch e Marcelo Herondino, por outro brilhante trabalho na noite de ontem.
RODRIGÃO
Em relação ao atacante Rodrigão, que retornou ao Santos sem saber se será aproveitado, Evando cometeu um "leve" equívoco, para não dizer que faltou com a verdade, ao dizer que o atacante vinha de contusão e tinha voltado a participar do jogos o Ceará.
Não! Rodrigão jogou oito vezes de janeiro e fevereiro pelo Campeonato Cearense. Depois se contundiu, tendo outros problemas de saúde. Não participou da Copa do Nordeste, conquistada pelo Ceará, nem da Série A, nem Copa do Brasil...
Seu "ultimo" jogo no Vozão foi no dia 21 de outubro de 2020, quando entrou aos 26 minutos do segundo tempo, na última partida da final do Cearense, substituindo Rafael Sobis. E mais nada!
O Avaí não sabia disso? Pelo que disse Evando, não...
RALF
Outra coisa que cansa a paciência, ao menos a minha, é ver dirigente avaiano elogiar a postura do volante Ralf. Evando afirmou que não havia nenhum problema com o percentual de gordura com o volante, talvez seja problema da televisão, que dizem "engordar", e que o mesmo é um "exemplo"...
Ralf não jogou absolutamente nada, sendo carregado nas costas pelo futebol do jovem Jean Martim. Além disso, assim como em São Paulo, não largou a noite, estando naquele imbróglio com torcedores do Avaí na saída de um bar da Rua Germano Wendhausen, em plena época de pandemia e o time mal na tabela de classificação...
No vídeo, Ralf afirma categoricamente ao torcedor "vai trabalhar três meses sem receber"...
Esse é o exemplo? Otários!
TIRO NO PÉ
Além de ter que engolir a maioria desse elenco descompromissado para o ano de 2021 por força de contrato, o torcedor avaiano ainda terá algumas decepções com nossos dirigentes, principalmente com aqueles responsáveis por esses longos contratos...
Não vou citar o valor, mas o que ganha o "rei do departamento médico" beira as raias da loucura...
Inadmissível!
Como coloquei ontem, o próprio Marco Aurélio Cunha disse que houve um alto investimento do clube em 2020 visando a Série A, que ele não critica, mas que não deu certo e deixou sequelas para 2021.
E repito, acabou deixando o clube sem margem de investimento...
Saudações AvAiAnAs!








André, o Ramon pode ter tido muitas chances na péssima campanha da temporada passada e não ter conseguido se destacar, o que concordo contigo. Mas e os craques que estão no clube há algumas temporadas, e que nunca jogaram nada, sem que a sua falta de qualidade fosse cobrada da mesma forma como se cobra da gurizada da base?
Grande abraço.
André, bom dia!
Pelo jeito essa nossa apatia vai longe ainda, principalmente porque não tivemos mudanças significativas nesse elenco perdedor e nós torcedores podemos ser apaixonados mas não burros.
Sobre o programa de ontem compartilho aqui também os parabéns a todos os envolvidos, assim como na sua época nas telinhas, fica claro o alto nível do torcedor avaiano em receber um convidado e debater sobre diversos assuntos, muito diferente de um presidente que quando está em um debate fala um monte de besteira e por vezes desrespeita uma nação.
Quando Evando falou sobre a questão do Rodrigão me veio logo na memória a sua publicação com todos os dados da temporada do “atleta”, será que só o Avaí não tinha essas informações. Aí o Evando vem dizer que não deu certo que tentaram, que falhamos, que o jogador não conseguiu se recuperar... faça mil favor né, que comprometimento é esse que existe dentro do clube. Falam como se fosse a coisa mais normal do mundo pagar quase 6 meses de um salário altíssimo (dizem 90mil) para um “atleta” fora de forma e nem aí pra carreira. Pelo elogios mais um pouco o Evando teria “aconselhado” a sua renovação.
Não sei quem está certo ou errado nessas duas entrevistas mas o que ficou bem claro é que existe um amadorismo enorme e uma tremenda falta de critérios para uma avaliação correta de trabalhos em prol do clube.
Forte abraço
Pelo andar da carruagem... de novidade para 2021... só o sorteio para passeio na Lancha do Evando.
Fala galera,
Sobre as renovações de contratos, ressalto uma em especial, a do Pedro Castro. Acredito que em muitas conversas de grupos do Whatsapp em que ocorrem interações da nação avaiana, tenham falado bastante sobre esta renovação em específico. Nos grupos em que eu participo o pessoal tem opiniões divergentes: parte acredita que o atleta é bananeira que já deu cacho, que é um jogador mediano e que não agrega valor ao time. Outra parte afirma que ele sempre honrou o manto avaiano, que é um jogador que serve e que foi titular com todos os treinadores que passaram pela Ressacada durante o seu contrato de quatro anos.
Sou do primeiro grupo, o que acredita que Pedro Castro não deveria prorrogar o seu vínculo com o leão. Vai uma reflexão sobre o jogador: ele veio para o Avaí para jogar de meia-atacante. Não o conhecíamos, mas o fato de ter sido titular e camisa 10 na base do Santos era uma boa referência. Bem sabemos que ele não se estabeleceu na posição, mas o Avaí lhe deu a oportunidade de repensar a carreira e ele recuou uma ou duas posições no meio de campo, dependendo do jogo. Nesse meio tempo ele foi para o Sport Recife num ônibus e voltou no outro.
O atleta cansou do Avaí, das críticas da torcida e pensou ser melhor para ele novos ares. Estou convicto que ele tomou a decisão certa. Realmente as críticas eram desmedidas para um atleta que sempre se doou em campo. Todavia, seu futebol apenas burocrático irritava parte de nós torcedores. Eu mesmo, erroneamente, admito, chamava-o de “Peido Castro”. Uma vez mais, reconheço seus esforços em campo, mas seu ciclo terminou. Poderia renovar com ele? Acredito que sim, mas por um salário simbólico e apenas para ficar no banco de reservas, não para resolver alguma coisa. Espero que ele seja muito feliz. Se depender dos meus votos de felicidade para o atleta, será camisa 10 do Bayern de Munique e jogará a Copa do Mundo de 2022 pela seleção brasileira, colocando o “craque-xarope menino Ney” no banco.
Vou mais longe, a presença de Pedro Castro no elenco avaiano por tantos anos é paradigmática e reflete mais o que vem ocorrendo no clube do que sobre o jogador propriamente dito: temos um time mediano e somente esforçado faz tempo. Aliás, do elenco atual, quem faz a diferença? Penso que somente Valdívia e olhe lá!
Temos, no mínimo, um time inteiro de jogadores extremamente esforçados, que se doam em campo, que são elogiados pelos treinadores por conta da disposição e pelo caráter, mas que não resolvem nada, apenas compõem elenco. Duvidam? Então observem um onze inicial:
Gledson – gente boa, bom caráter e mediano;
Capa – boa-praça, corre muito (mesmo quando fofinho) e erra todas,
Alemão – esforçado, raçudo e pouca técnica,
Betão – liderança nata, regular, mas coroa. Não é o mesmo faz tempo,
Lourenço – corre muito, briga, mas não resolve nada;
Jean Martin – disciplinado e regular. Só,
Foguinho – Mais vontade que qualquer outra coisa,
Wesley – Na primeira passagem pela profissional veio com um grande cartaz, demonstrou vontade, mas não se firmou;
Matheus Lucas – Veio do rival, realmente tem vontade, mas a técnica é insuficiente,
Vinicius Jaú – Corre bastante, mas falta muito para resolver alguma coisa
Renato – Dos onze que eu listei esse é o que pode oferecer um algo a mais, que pode, quem sabe, resolver alguma coisa. Ele já fez isso no passado, mas em 2020 não mostrou nada além de alguma vontade.
Ou seja, temos um elenco esforçado, alguns raçudos, mas falta qualidade. E muita! Um time para subir para a série A precisa de vontade, raça, correria etc., quem sabe até seja o principal. Mas precisamos de um bom goleiro, um zagueiro inteligente, ao menos um meio de campo consciente e, claro, um atacante que faça mais que zero gol (se é que me entendem).
Não me encarem como corneteiro, não é o meu perfil. Todavia, meu intuito é demonstrar que, bem ou mal, já estamos cheios de pedros castros no elenco. Chega!
Forte abraço aos queridos avaianos.
Fernando Torquato (fefito)
A única coisa que espero do Avaí esse ano com todos esses incompetentes, é que no final do ano ele não vá fazer companhia para o figueirenC na série C. Não espero mais nada. E não é apatia. É saber que não adianta reclamar pois enquanto 5T e seus pupilos estiverem no comando, nada vai mudar.
O problema dos meninos da base que não apresentam o mesmo desempenho no profissional, se dá, que na base estão encaixados num bom grupo e sistema sem vícios, e quando estão de folga, estão com a família ou na casa do atleta, e quando vão pro profissional, entram num grupo sem qualidade como 2019/2020 e quando terminam os jogos, são convidados para balada ou casa das "primas" ai não pode dar certo, e se perdem pelo caminho e para as companhias.
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