NOVA REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO AVAÍ, by José Carlos Silva Jr.
De forma online e remota (redundância), privando diversos conselheiros que não possuem intimidade
com a tecnologia. Porém, devido a Pandemia de Coronavirus. Realizou-se nesta quarta-feira 10/02/2021, a primeira reunião anual extraordinária, do Conselho Deliberativo do Avaí F. C.
De início a reunião foi monótona, setores da Diretoria Executiva apresentaram planos para o desenvolvimento do clube. O Diretor Administrativo Luciano Correa, o magistral administrador do Avaí F. C. há 19 anos, apresentou, quase lendo, as benesses desenvolvidas ao longo do seu trabalho. Pouco questionado, o Administrador e quase CEO do Avaí, mostrou as melhorias realizadas na infraestrutura do clube ao longo desses últimos anos. (Faltou algum conselheiro astuto perguntar os custos para a reforma das cadeiras do setor A) e claro, fazer um orçamento por fora).
O boa praça Bona, falou sobre as ações de marketing/sócios desenvolvidas ao longo da gestão, mas confrontado por alguns conselheiros, apesar de ter se saído muito bem, pareceu desconfortável com a situação em que se encontrava.
Já o heroico Diogo Fernandes, que na propícia ocasião, ocupou o lugar do ídolo Marquinhos Santos, demonstrando mais uma vez sua brilhante retórica, nada explicou sobre o fracasso da sua participativa gestão à frente do futebol do Avaí.
“No segundo tempo houveram mudanças”
Os convidados a mesa para responder os questionamentos dos Conselheiros foram: Os Srs. Francisco Battistotti e junto com ele subiu o Dr. Marco Aurélio Cunha, para falar de futebol.
A partir desse momento a reunião ganhou novos ares. Se antes, apesar da inusitada pergunta de um dos conselheiros que causou desconforto na executiva o clima estava ameno, após a mudança de “jogadores” o clima esquentou e precisou até da interferência do Presidente do Conselho Deliberativo, Spyros Diamantaras.
O pessoal do Nosso Avaí (Movimento de torcedores e conselheiros), até tentou se impor, mas não teve chances. Por diversas vezes foram cortados os seus questionamentos. O Presidente do Conselho, em um papel que não lhe cabe, mais uma vez advogou em favor da executiva, demonstrando ser mais importante manter uma relação cordial entre a mesa do CD e a DE do que atender os conselheiros famintos por respostas.
Ao contrário do que muitos pensam, boa parte dos conselheiros não estão inertes e se insurgem contra os desmandos e as ingerências praticadas no Avaí, o problema que essa minoria, é verdade, não possui respaldo estatutário para avançar em ações mais efetivas.
Um dos questionamentos chamou a atenção, qual a relação entre o auxiliar técnico Evando e o Presidente Battistotti, que inclusive admitiu possuir sociedade em uma lancha com o subalterno. O que apesar de não se tratar de uma ilegalidade, é uma tremenda imoralidade, já que o auxiliar técnico é tido por muitos como o principal CANCRO no Avaí F. C., recebe um salário muito acima dos valores de mercado, possuí poderes impares e nenhuma competência para estar no clube, além de ter seu caráter questionado constantemente. Ao que tudo indica, a relação de amizade com o mandatário do clube é o que mantém seu emprego.
Marco Aurélio fez o papel de bombeiro, muito bem articulado, o novo Diretor de Futebol do Avaí (palavras do Presidente), interviu diretamente nos questionamentos e tentou a todo momento mostrar que as coisas não estavam tão ruins e que detalhes fizeram com que o Avaí tivesse insucessos na última temporada.
Marquinhos Santos, também conselheiro do clube diga-se de passagem, assistiu de camarote a reunião, sem aparecer e sem ser questionado, o ídolo e agora Diretor do Avaí F. C., que sempre é colocado no fronte para receber as flechas atiradas, dessa vez foi poupado pela presença do Marco Aurélio que assumiu seu posto.
Em síntese a Diretoria do Avaí F. C. não conseguiu explicar o inexplicável, o porquê dos recorrentes fracassos do clube no futebol.
O Presidente Battistotti mais uma vez omitiu a verdade quando não assumiu a responsabilidade pela contratação e pela demora de ter mandado embora o Técnico Geninho. Mais uma vez o mandatário avaiano tentou terceirizar a culpa, acreditando que todos são cordeiros inocentes e não possuem informações dos bastidores da Ressacada.
Por mais que alguns abnegados tentem trazer a luz o obscurantismo que assola a Ressacada, parece que as forças que mantém o status a quo, é muito superior.
Para a torcida vale o alerta, só os associados poderão alterar os rumos do clube, seja na reforma estatutária, seja nas eleições.
* Jose Carlos Silva Junior é membro do Conselho Vital da Torcida Mancha Azul e membro Conselheiro Deliberativo do Avaí F.C.
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